domingo, 4 de outubro de 2009

Dia Mundial do Animal

Tita

Totti
Animais nossos amigos


Cá em casa há animais tratados como gente. A Tita e o Totti (canídeos) e a Guti e a Biju (felinos). A Tita e o Totti usufruem de um quintal amplo e de algumas divisões da casa. São animais asseados, tratados a rigor, vigiados pelo veterinário, alimentados com rações seleccionadas e com amigos que brincam com eles. Costumo dizer que só lhes falta falar. Entendem o que dizemos e interpretam bem os nossos sentimentos. Estão alegres quando estamos alegres e tristes quando estamos tristes. Conhecem-nos pelo nome, percebem quando acordamos, chamam-nos quando precisam da nossa atenção, envolvem-nos, como se cordas fossem, para nos levarem para o quintal. Aí, dão sempre umas corridas, ladram a qualquer ave que se cruze com eles, gritam quando pressentem um ratito. Mas se regressamos a casa, logo deixam tudo para nos acompanharem.

Dormem a sesta como qualquer ser humano, agitam-se com qualquer petisco e procuram o aconchego da família quando troveja. Não gostam de foguetes nem de ciclistas que passem pela rua. Se os deixássemos, era perseguição certa. Nunca percebi porquê.  Qualquer animal estranho desperta neles uma curiosidade muito grande. Há dias, num quintal vizinho, apareceu uma cabra. Ficaram admirados. A primeira reacção foi ladrar; depois, tempo sem fim a contemplá-la.

As felinas são diferentes. Mãe e filha dormem sem conta nem medida. Nos seus aposentos, sótão e outras salas, onde não mora ninguém, vivem a sua solidão e a sua independência. Comem e dormem regaladas, sob a paciência de quem sabe.  De quando em vez descem tranquilas e vão espreitar o ambiente pela janela. Ali ficam absortas nos seus pensamentos misteriosos. Depois descem ao quintal, mas cedo regressam, decerto com saudades da pacatez que as anima. Não incomodam ninguém e também não gostam que as incomodem a elas.

Dentro de casa são elas quem manda. O Totti e a Tita têm-lhes muito respeitinho. Nem conseguem cruzar-se com elas. Mas no quintal, ai delas se não fogem desabridamente.

É bom sentir a amizade dos animais. É uma amizade leal e franca. Não é verdade que há gente que diz, com propriedade, que, “quanto mais conheço os homens, mais gosto dos animais”? Eu também, em alguns casos, claro!

FM

4 comentários:

  1. ... e o Cocas não mereceria uma referencia no seu blogue?!?..... esse Cocker Spaniel estraordinário!!!???

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  2. "A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais são tratados." (Mahatma Gandhi)

    "Jamais acredite que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não se podem ajudar a si mesmos." (Dr. Louis J. Camuti)

    Um abraço
    Maria

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  3. Grandes verdades, que muitos deviam aprender, conhecer e divulgar...

    Um abraço

    Fernando

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  4. Ah! Todos os pets são extraordinários para os seus donos, eu que o diga! Mas.... ah! O meu boxer, o Boris...é um santo! Só, há dias, cometeu o pecadito da gula...como aliás muitos humanos que comem churrasco a cada passo! O Boris comeu três pintainhos, que, incautamente, se haviam esgueirado do galinheiro. Mas, após uma surrinha na coxa gorda, que ele entendeu como um afago...perdoei-lhe e já falo para ele como dantes!!!
    Costumo dizer que ele é tão inteligente, que só lhe falta falar! Mas depressa me arrependo de dizer isto, pois falar é, as mais das vezes, mais um defeito que uma virtude! Basta ver como muitos humanos usam o acto de falar! Para agredir...em vez de afagar! Então...quase poderia dizer que o Boris é perfeito! Quase...quase....

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