Olhando o mundo sob o ponto de vista pessimista, quase temos a certeza de que é impossível erradicar a pobreza do globo. Sob o ponto de vista optimista, é garantido que, se todos quiséssemos, tal desiderato estaria ao alcance da humanidade.
Desde os primórdios das civilizações que a pobreza acompanha, como sombra, os homens e mulheres de todos os tempos. Dizem uns que pelas condições naturais, pelas guerras, pela má cabeça de muitos, por haver homens que são lobos do próprio homem. Há inteligências capazes de criar riqueza, há pobres que se acomodam à servidão, há senhores que escravizam seres humanos, há doenças e incapacidades que não dão margem aos sonhos de muita gente.
Contudo, a questão da pobreza, de que tantos falam mas poucos se esforçam por contribuir para a sua erradicação, abordada continuamente em todo o lado, ainda está aos olhos do mundo, como desafio a uma globalização da solidariedade. Mas como assumi-la, se os egoísmos persistirem nas pessoas e nas sociedades, mais preocupadas em fitar apenas o próprio umbigo?
Talvez, como recomendava Madre Teresa, tudo seja possível, se partilharmos do que temos, cada dia e cada hora, com os pobres que formos encontrando nos caminhos da vida. Haverá coragem para isso?
FM