Todos os projectos de comunicação são úteis. Basta que ofereçam contributos à construção dessa característica fundamental da pessoa humana: a relação.
Por esta perspectiva passa o trabalho de muitos projectos mediáticos. Também os que dependem, pessoal ou institucionalmente, da Igreja Católica em Portugal.
As recentes Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais constituíram prova disso: pela presença de mulheres e homens apostados em propor a toda a sociedade o Evangelho pelos meios de comunicação, pela partilha de diferentes metodologias para comunicar, pelo desejo de ver novos e diferentes projectos audiovisuais a concretizarem-se entre nós, pela busca do trabalho profissional e sobretudo pela constatação do que já se oferece à história da comunicação por imperativos missionários. Aí se incluem projectos pessoais, disseminados pelas redes, ou posturas institucionais, representativas de um todo, que podem chegar aos receptores em qualquer soundbyte mediático.
Esta prioridade oferecida à comunicação acontece em diferentes funções: naquelas que têm por objectivo a comunicação institucional, nas que cumprem um desejo de comunicação em proximidade, nas que geram grupos virtuais e nas que se jogam no palco mediático generalista. E em todas segundo critérios de profissionalismo próprios, tão distantes quanto as ferramentas e metodologias comunicativas: dependem da natureza e dos objectivos da instituição que se quer em comunicação, estão em sintonia com a identidade histórica exigida pelos leitores dos meios regionais e locais, obedecem às gramáticas da comunicação em rede e ombreiam com as demais empresas ou agentes da comunicação quando as mensagens se lançam nos areópagos audiovisuais.
Diferentes funções e ferramentas da comunicação, mas todas necessárias. Palpites sobre o que depende de outros também são precisos. Mais ainda contributos efectivos, concretizados na multiplicidade de presenças mediáticas, pessoais ou institucionais.
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Paulo Rocha