domingo, 12 de julho de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 139

BACALHAU EM DATAS - 29
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GIL EANES
Caríssimo/a: 1924 - «No início de Janeiro de 1924, é fundada a Empresa Portugália, L.da e a Empresa de Pesca Bons Amigos, L.da. A Companhia Aveirense de Navegação e Pescas, em liquidação, vende todos os seus bens: a sede, o rebocador VOUGA, entre outros bens.» Oc45, 86
«Em 1924 o número de embarcações da frota bacalhoeira atinge as 65 . As capturas passam de valores inferiores a 2.000 toneladas de bacalhau para mais do dobro e o número de dóris ultrapassa os 2.000.» HPB, 76
«Outras vezes a pesca não chegava para as despesas. Diz Mário Moutinho, “quando foi à Terra Nova a maior frota desta época, a média de capturas não ultrapassou 100 toneladas por barco. Esta média manteve-se nos 20 a 25 e chegou mesmo a ser inferior em anos anteriores”.» Oc45, 88
1925 Dez 14- «Decreto do governo n.º 11.351 que se orientava para o desenvolvimento da frota e para a formação profissional do pessoal técnico dos estaleiros e oficinas de construções navais, a realizar na nova Escola de Construção Naval de Lisboa a qual nunca viria a ser construída. ... Este Decreto propunha a criação de um prémio de construção para os navios destinados à pesca do bacalhau que fossem construídos segundo os planos fornecidos pela Direcção da Marinha Mercante ou por ela aprovados... Não parece que estas medidas tivessem resultado, pois nos 10 anos seguintes apenas foram construídos 5 navios.» HPB, 73/74
1926 - Substituição do primitivo estaleiro da Gafanha por outro, situado mais para sul, pertença do mestre Manuel Maria Bolais Mónica. Aquele primeiro estaleiro, situado na margem esquerda da Ria, foi fruto da transferência, no séc. XIX, dos estaleiros localizados na Cale de S. João, em Aveiro, ocasionada pela subida dos fundos do canal da vila.
«Em 1926, pela primeira vez, pesca-se mais de 7.000 toneladas, assistindo-se a partir de então a uma quebra de produção.» HPB, 76/77
1927Abr08 - «O Decreto n.º 13.441 é sem dúvida a primeira peça fundamental da organização da indústria bacalhoeira promovida pelo Estado Novo, os assuntos tratados são muito variados, demonstrando uma visão globalizante dos problemas.» HPB, 74
«No art.º 27 do Decreto n.º 13.441 determinava-se que o Ministério da Marinha organizaria o serviço de assistência aos pescadores nos bancos da Terra Nova e promoveria estudos técnicos e científicos realivos à pesca do bacalhau. Neste quadro foi o «GIL EANES» à Terra Nova ainda em 1927.» HPB, 75
Finalmente o «GIL EANES»!... E falar em «GIL EANES» é falar em assistência aos bacalhoeiros; e pese embora todas as críticas e suspeições (e bem fundamentadas!) a outras atribuições do barco de apoio, temos de convir que foi positivo o seu “bem-fazer”! Será caso para dizer: tardou mas chegou!
Manuel

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