1. A força do mundo das comunicações põe e dispõe. O seu impacto eleva determinadas pessoas a patamares quase acima do humano. É um facto evidente que aqueles que pela sua habilidade em determinada actividade se destacam são tornados paradigmas a seguir, modelos que a publicidade aprecia pela sua capacidade de influenciar… Quem dera que ao crescimento das famas sempre cresça a capacidade e a responsabilidade de a transportar. Tarefa nada fácil, pois que, como qualquer instituição ou qualquer pessoa, a fase da subida é sempre aliciante pela novidade que comporta, pelos estímulos que atrai, pela permeabilidade e flexibilidade da aceitação que faz parte de um caminho novo, aberto. Como em tudo, após a novidade, a arte e o engenho estará em manter os patamares de qualidade a que se chegou. É assim mesmo!
2. Ainda o luto pelo ídolo Michael Jackson (1958-2009) não está minimamente feito, nem reflectida a ressaca dos impactos da fama e da falta do herói, e estão as atenções famosas voltadas para Madrid. A histórica apresentação do futebolista Cristiano Ronaldo no clube madrileno, (com objectividade) pelo escândalo dos valores económicos que comporta e pelo espectáculo mundial que o assunto se tornou, continuam a falar-nos daquela fama acima da racionalidade humana. É assim, não há explicação, talvez seja mesmo a melhor “explicação”. Já muita tinta fez correr o relembrar das grandes verdades que estão em jogo e da jogada milionária do Real Madrid para quem agora importa capitalizar o máximo multiplicando o fenómeno. Com Jackson também a fase da subida foi imensa e maravilhosa.
3. Há dias Cristiano foi perseguido por um fotógrafo jovem. O artista jovem de 24 anos de idade, embora já habituado, mas a precisar de algum silêncio de privacidade, irritou-se para com o paparazzi. Qualquer palavra ou gesto que fique gravada ou fotografado são o emblema com que o futebolista, artista ou político terá de lidar… O ídolo não pode dormir, é a sua era!
Alexandre Cruz