
2. Do ano 2000 para cá um conjunto de situações, suspeitas de grandes crimes que entroncam na corrupção, têm assolado este paraíso à beira mar plantado. Da sensação de que seriamos um povo pobre mas honrado, passou-se, com meia dúzia de grandes casos envolvendo personalidades mediáticas, a uma nova consciência de que havíamos andado enganados. Não se transfira só a responsabilidade para entidades de estatuto nacional, pois que as obrigações cívicas e éticas nunca podem passar de moda pessoal e social, pelo contrário: vão sendo tanto mais publicadas e defendidas quanto menos agilidade nos sistemas educativos e de justiça parece existir. Também seja sublinhado e interrogado sobre: qual o papel eficiente das entidades de supervisão? O que faltou/falta?
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3. O prior que pode acontecer será o colocar-se tudo no mesmo saco. Como em tudo, existem papéis diferentes para diferentes actores. O cumprimento das regras do jogo conduz a que é lícito e meritório o procurar a gestão dos rendimentos, o arriscar nas bolsas, o avançar para esta ou aquela entidade bancária que, pressupostamente, cumprirá os requisitos oficiais. Mas, sem ética da confiança tudo se desmorona… Não será?
Alexandre Cruz