ATÉ FINAIS DO SÉCULO XV
Caríssima/o:
1371 - «Já em 1371 el-rei D. Fernando dispunha uma lei que dizia: “As naus que forem das vilas de Aveiro e de Viana e de qualquer parte de meus Reinos e Senhorios à pescaria de bacalhau, irão armadas e elegerão entre si, ao tempo que partirem, capitão-mor.”» [M-FM II, 43 (Murtosa- FotoMemória II, por Alexandra Farela Ramos, 2005)]
1415 - «Uma prova da importância do seu valor [do sal], nessa época de transição [da Idade Média] para a Idade Moderna, é-nos dada pela utilização do sal no pagamento dos fretes das tropas para a tomada de Ceuta.
Foi a única mercadoria, das que Portugal importava [exportava?] durante a Idade Média, que não se ressentiu com as alterações introduzidas pela chegada de novas mercadorias ultramarinas, aumentando mesmo a sua importância.» [Oc45, 67]
1470 - «O pai de Gaspar, João Corte Real, tomou parte numa expedição nos mares do norte, mandada efectuar por Cristiano I, Rei da Dinamarca, a pedido do Rei de Portugal, D. Afonso V.
Esta expedição comandada por Pinning e Pothorat realizou-se por volta de 1470 e atingiu a Gronelândia e a “Terra do Bacalhau”, tal é a opinião de Sofus Larsen expressa na sua importante obra Dinamarca e Portugal no Século XVI. Se a terra foi chamada “do Bacalhau” sem dúvida que a pesca já aí seria praticada antes.» [HPB, 20]
1472 - «É no contexto das navegações para ocidente que vamos encontrar dois navegadores portugueses – João Corte Real e Álvaro Martins Homem – integrados numa expedição luso-dinamarquesa, saída de Reykjavick, em 1472.
Naquela exploração, verificaram a existência de cardumes que, de tão compactos, faziam lembrar o fundo, ilusão desmentida pelas sondagens feitas com os prumos de mão. [...] Quando chegaram a Portugal, os dois navegadores comunicaram ao seu rei tudo quanto tinham visto, falaram-lhe da nova terra descoberta e o nome com que a tinham baptizado – Terra dos Bacalhaus - , devido à incrível abundância deste peixe que tanto os impressionara.» [HDGTM, 24]
1477 - «[...] Colombo terá falado português antes de ter aprendido o castelhano, pois era casado com uma portuguesa, e conhecia a fundo os avanços cartográficos portugueses e as suas viagen em navios portugueses – que incluíram, segundo pesquisas recentes efectuadas pelo explorador norueguês Thor Heyerdahl, a participação numa expedição luso-dinamarquesa em 1477 que partiu da Gronelândia através do estreito de Davis e se dirigiu ao Norte do continente americano – lhe forneceram um conhecimento prático sobre correntes e ventos que lhe assegurou que, se viajasse para Ocidente da Europa, os ventos do Atlântico Norte favoreceriam o seu regresso.» [in Um Mundo em Movimento- Os Portugueses na África, Ásia e América (1415-1808), de A. J. R. Russell-Wood, DIFEL- Difusão Editorial, S.A., Lisboa, 1998, pp. 7-8.]
Século XV (finais) - «Desde finais do século XV, os portugueses navegavam nas águas da Terra Nova. A pesca do bacalhau terá começado a interessar os pescadores portugueses na viragem do século XV para o século XVI, como mostrou Mário Moutinho.» [Oc45, 67 e 77]
Manuel