terça-feira, 23 de setembro de 2008

OUTONO

SE DESTE OUTONO Se deste Outono uma folha, apenas uma, se desprendesse da sua cabeleira ruiva, sonolenta, e sobre ela a mão com o azul do ar escrevesse um nome, somente um nome, seria o mais aéreo de quantos tem a terra, a terra quente e tão avara de alegria. Eugénio de Andrade
In O Sal da Língua

4 comentários:

  1. Neruda..assim como Lorca..assim como Rosalia Castro..os meus três poetas preferidos em Língua Espanhola

    Tu eras também uma pequena folha
    que tremia no meu peito.
    O vento da vida pôs-te ali.
    A princípio não te vi: não soube
    que ias comigo,
    até que as tuas raízes
    atravessaram o meu peito,
    se uniram aos fios do meu sangue,
    falaram pela minha boca,
    floresceram comigo

    Pablo Neruda

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  2. Minha cara Maria

    A vida, sem poesia, terá algum sentido?

    Um abraço

    Fernando martins

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  3. O Outono, que chegou e pelos vistos p'ra ficar, com todo o seu manto de suaves matizes, sugere-me este poema dos tempos de outrora...

    Outono

    Os tons dourados
    Do teu manto
    E os avermelhados
    Em espanto
    Ou nostalgia,
    Descem em nós
    A melancolia.
    Cobre-se a natureza
    Que rescende a mosto
    Dum véu de tristeza.
    Sentido ao sol-pôsto.
    E neste sabor
    Há pranto
    Ou louvor?

    Madona

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  4. Este poema é lindo demais para ficar aqui escondido.
    Que diz Professor?

    Um abraço

    JM

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