sexta-feira, 6 de junho de 2008

A NOSSA GENTE: JACINTA

Nascida a 26 de Maio de 1971, na Freguesia da Gafanha da Nazaré, Município de Ílhavo, Jacinta iniciou o seu percurso musical com apenas 4 anos de idade, tendo a sua primeira actuação pública ocorrido em 1982, ao cantar em dueto vocal com a sua irmã.
Determinada em enveredar pelo mundo da música, ingressou no Conservatório de Aveiro em 1983. Sete anos mais tarde começou cantar a solo músicas dos Beatles, Simon & Garfunkel, Sérgio Godinho, Rui Veloso, entre outros. O estudo da música clássica em piano e composição foi posteriormente aprofundado com a Licenciatura em Música na Universidade de Aveiro, iniciada em 1990.
Jacinta integrou vários grupos como cantora e instrumentista, chegando a liderar o grupo de Rock Sinfónico Doce Caos (1991). No entanto, foi no mundo do jazz que a sua energia musical encontrou plena expressão. Aos 22 anos uma excelente actuação de jazz vocal no programa Chuva de Estrelas, imitando Ella Fitzgerald com os temas Summertime e Night and Day, impulsionou a sua carreira como cantora, começando a ser solicitada para inúmeros concertos a partir de então.
Em 1997 Jacinta mudou-se para Nova Iorque com vista a frequentar a Manhattan School of Music, onde foi premiada com uma bolsa de estudos para realização de Mestrado em Jazz Vocal.
Em 2001, a convite do trompetista/produtor Laurent Filipe, Jacinta apresentou-se ao vivo com o projecto “Tributo a Bessie Smith”.
Após a sua aparição em publico, Jacinta foi considerada pela crítica Portuguesa como uma das grandes vocalistas do momento. O programa Cinco Minutos de Jazz, de José Duarte, da Antena 1, distingue-a como Músico Revelação do Ano e define-a como a cantora de jazz portuguesa. Jacinta é a primeira cantora portuguesa a gravar para a etiqueta Blue Note. O disco “Tribute to Bessie Smith” torna-se o 1º disco de ouro de jazz português, atingindo o 7º lugar no top nacional de vendas.
Em 2005, na antestreia do seu novo trabalho, Day Dream, com o quarteto do norte-americano Greg Osby, Jacinta evidencia-se num jazz mais complexo e arrojado, levando a efeito, no ano seguinte, sete concertos no jardim de Inverno do Teatro S. Luiz, na rubrica “Jacinta canta Brasil”, sempre com lotação esgotada. O lançamento de Day Dream, na Blue Note/EMI ocorre igualmente nesse ano, culminando com uma digressão nacional por dezenas de palcos, de 4 de Outubro a 2 de Dezembro.
Com uma carreira plena de sucessos, em 2007, inicia Produção Própria de Agenciamento e Management e é nomeada como «melhor jovem artista de jazz da Europa» pelos 20 editores europeus da revista Reader’s Digest, altura em que produz e lança o seu terceiro disco “Convexo, a música de Zeca Afonso”.
Neste ano de 2008, Jacinta encontra-se a realizar em Portugal a maior Tournée de Jazz de sempre, com 20 concertos de Norte a Sul do Pais, com o projecto “Convexo”.
No dia 27 de Junho, Jacinta volta à terra que a viu nascer, com um espectáculo único e especial denominado “Encontros”, encerrando com chave de ouro o programa inaugural do Centro Cultural de Ílhavo.
In "Viver em...", da CMI
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NOTA: Permitam-me que sublinhe, aqui e agora, a admiração que nutro pela Jacinta, cujo dinamismo e entusiasmo acompanho desde sempre. A sua força de vontade, a sua coragem para enfrentar os desafios, a sua determinação para atingir os seus objectivos e a sua arte, no domínio da música de jazz, que tão bem tem sabido impor ao mundo, revelam que a Jacinta não é uma mulher banal e acomodada a uma vida sem sonhos de tornar o mundo mais belo. Por isso, considero muito justa esta distinção da Câmara Municipal de Ílhavo, a par de outras que tem recebido um pouco por todo o lado. Em especial, dos muitos portugueses, e não só, que sabem compreender a sua sensibilidade, aplaudindo-a, sempre, com entusiasmo.
FM


2 comentários:

  1. Subscrevo. Das doces memórias da adolescência, nos escuteiros, na rádio, até no concerto do Doce Caos que nunca esqueci em frente ao Mercado antigo, ao que a (Maria) Jacinta conseguiu chegar pelo seu infinito talento e mérito, parece que passou entretanto um mundo inteiro. Afinal, foram só uns anos, estamos todos um pouco mais crescidos, e a Jacinta cresceu ainda mais. Se há uma estranha identidade, indefinivel, em cada gafanhão, a Jacinta ajuda a desvendá-la: toda ela é fusão de algo, é mistura de tudo. Como todos nós, filhos das terras que domamos à Península...

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  2. Meu caro

    Muito obrigado pelas tuas oportunas achegas.
    Manda sempre. Por aqui há lugar, como não podia deixar de ser, para os bons amigos...

    Um abraço

    FM

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