A todos quantos este Manifesto virem, saúde e paz!
Eu, Mateus, e meus companheiros cobradores de impostos na região de Cafarnaúm no tempo de Herodes Antipas, estivemos sentados à mesa com Jesus de Nazaré numa refeição de amigos, após ele me ter chamado para seu discípulo.
O meu chamamento aconteceu de forma simples: vi um homem decidido a avançar para mim e aproximar-se do meu posto de cobrança. Senti a profundidade e sedução do seu olhar. Escutei o convite/apelo que me dirigiu: “Segue-me”.
Imediatamente, me levantei e deixei o trabalho. Uma força interior se apoderou de mim, me atraiu e encantou. Fiquei de tal modo “apanhado” que nem sequer fiz perguntas. Nada me preocupava: nem família, nem profissão, nem obediência ao meu chefe nem ao delegado do Imperador. Confiei simplesmente e aventurei-me sem calculismos. A inteligência não entendia, mas o coração dizia-me que aquele convite era uma “caixa” de surpresas para mim. E foi! Posso comprová-lo com abundantes provas que vivi mais tarde.
Atesto, por minha honra, que à mesa todos eram tratados por igual. Na conversa não se perguntava o que fazia cada um nem donde procedia, embora todos soubéssemos que partilhávamos a mesma condição. Constava que este era o modo de proceder de Jesus de Nazaré: mais do que as profissões e as condições de vida, interessava-lhe a pessoa e a sua dignidade, por vezes esquecida e espezinhada. Do seu olhar surgia uma serenidade e compreensão que nos dava alegria e paz. No seu convívio todos nos sentíamos bem, sem medos nem discriminações. Éramos verdadeiramente uma família!
Estar à mesa com Ele foi para nós uma maravilha surpreendente. Pelo que sentimos, pois nunca ninguém nos tinha tratado de modo semelhante: ser considerado digno de ouvir os segredos mais íntimos, alimentar as mesmas aspirações em relação ao futuro, reforçar os laços de união no presente. Pelo que augurava aquele gesto. De facto, era o núcleo mais expressivo do sonho de Deus: sentar todos os humanos à mesa da fraternidade em que Ele possa mostrar o seu amor de Pai na dignidade de cada um. Era o princípio da sociedade nova em que as pessoas têm prioridade absoluta sobre as tradições e as coisas, em que os bens pertencem a todos, antes de serem de cada um, e o bem comum constitui o dinamismo e a meta que dão sentido a tudo quanto se faz e se pretende.
Eu e os meus companheiros ouvimos críticas que nos parecem completamente injustas ou, então, temos de negar a nossa comum humanidade e de considerar ridícula a mensagem que Jesus de Nazaré – o Filho Deus – nos transmitiu como Palavra de Salvação para todos os tempos.
Negar a mensagem, é para nós de todo impossível. Estamos absolutamente convencidos do seu valor a ponto de, sendo preciso, dar a vida em sua defesa. Aceitamos com humildade a crítica que nos é feita e que nos ajuda a viver de modo mais pleno o exemplo de Jesus, o Mestre que nos abre horizontes mais plenos da fraternidade de todos os humanos chamados a reconhecer a sua filiação divina. Protestamos contra os que falseiam os nossos ideais, desvirtuam e ridicularizam as nossas razões e, presos ao passado, não mostram capacidade de entender as “coisas novas” que vão surgindo em relação a Jesus Cristo e à sua mensagem. Anunciamos com alegria criativa e esforço confiante que um dia virá em que a mesa posta para todos não será recusada por ninguém.
Em Cafarnaúm, com Mateus
Georgino Rocha
Eu, Mateus, e meus companheiros cobradores de impostos na região de Cafarnaúm no tempo de Herodes Antipas, estivemos sentados à mesa com Jesus de Nazaré numa refeição de amigos, após ele me ter chamado para seu discípulo.
O meu chamamento aconteceu de forma simples: vi um homem decidido a avançar para mim e aproximar-se do meu posto de cobrança. Senti a profundidade e sedução do seu olhar. Escutei o convite/apelo que me dirigiu: “Segue-me”.
Imediatamente, me levantei e deixei o trabalho. Uma força interior se apoderou de mim, me atraiu e encantou. Fiquei de tal modo “apanhado” que nem sequer fiz perguntas. Nada me preocupava: nem família, nem profissão, nem obediência ao meu chefe nem ao delegado do Imperador. Confiei simplesmente e aventurei-me sem calculismos. A inteligência não entendia, mas o coração dizia-me que aquele convite era uma “caixa” de surpresas para mim. E foi! Posso comprová-lo com abundantes provas que vivi mais tarde.
Atesto, por minha honra, que à mesa todos eram tratados por igual. Na conversa não se perguntava o que fazia cada um nem donde procedia, embora todos soubéssemos que partilhávamos a mesma condição. Constava que este era o modo de proceder de Jesus de Nazaré: mais do que as profissões e as condições de vida, interessava-lhe a pessoa e a sua dignidade, por vezes esquecida e espezinhada. Do seu olhar surgia uma serenidade e compreensão que nos dava alegria e paz. No seu convívio todos nos sentíamos bem, sem medos nem discriminações. Éramos verdadeiramente uma família!
Estar à mesa com Ele foi para nós uma maravilha surpreendente. Pelo que sentimos, pois nunca ninguém nos tinha tratado de modo semelhante: ser considerado digno de ouvir os segredos mais íntimos, alimentar as mesmas aspirações em relação ao futuro, reforçar os laços de união no presente. Pelo que augurava aquele gesto. De facto, era o núcleo mais expressivo do sonho de Deus: sentar todos os humanos à mesa da fraternidade em que Ele possa mostrar o seu amor de Pai na dignidade de cada um. Era o princípio da sociedade nova em que as pessoas têm prioridade absoluta sobre as tradições e as coisas, em que os bens pertencem a todos, antes de serem de cada um, e o bem comum constitui o dinamismo e a meta que dão sentido a tudo quanto se faz e se pretende.
Eu e os meus companheiros ouvimos críticas que nos parecem completamente injustas ou, então, temos de negar a nossa comum humanidade e de considerar ridícula a mensagem que Jesus de Nazaré – o Filho Deus – nos transmitiu como Palavra de Salvação para todos os tempos.
Negar a mensagem, é para nós de todo impossível. Estamos absolutamente convencidos do seu valor a ponto de, sendo preciso, dar a vida em sua defesa. Aceitamos com humildade a crítica que nos é feita e que nos ajuda a viver de modo mais pleno o exemplo de Jesus, o Mestre que nos abre horizontes mais plenos da fraternidade de todos os humanos chamados a reconhecer a sua filiação divina. Protestamos contra os que falseiam os nossos ideais, desvirtuam e ridicularizam as nossas razões e, presos ao passado, não mostram capacidade de entender as “coisas novas” que vão surgindo em relação a Jesus Cristo e à sua mensagem. Anunciamos com alegria criativa e esforço confiante que um dia virá em que a mesa posta para todos não será recusada por ninguém.
Em Cafarnaúm, com Mateus
Georgino Rocha