Segundo a comunicação social desta manhã, os portugueses que vivem na África do Sul estão a acolher os cidadãos moçambicanos, com o objectivo de os pôr a salvo da onda de violência contra comunidades africanas, a qual já fez pelo menos 24 mortos em vários bairros de Joanesburgo, na última semana. Os africanos, oriundos de países vizinhos da África do Sul, ao fugirem da miséria, encontram agora carrascos no país do antigo “apartheid”.
Tem-se dito que a falta de água e a fome serão, no futuro, causas de violência e de guerras. Da fome já se sabia que provocava ondas de migrações e de selvagens ataques a quem tinha que comer. Da água, que não tem faltado, dizem os entendidos em geografia humana, que se espera violência sem fim.
É triste verificar como povos africanos massacram irmãos da mesma raça, só por pensarem que alguém vem ocupar o seu lugar e comer do mesmo pão. A fome, afinal, ensombra a razão e transforma pessoas boas em pessoas violentas. Os pobres atacam, sem dó nem piedade, os mais pobres dos pobres. No entanto, foi bonita saber que a comunidade portuguesa radicada naquele país protege os moçambicanos. Afinal, Moçambique, como outros países lusófonos, está no coração de Portugal.
FM