segunda-feira, 12 de maio de 2008

Diáconos Permanentes de Aveiro celebram 20 anos de ordenação

D. António Francisco e Padre Georgino Rocha
TEMOS DE OLHAR MAIS PARA O FUTURO

Ontem, domingo, estive em Recardães, uma freguesia do concelho de Águeda. A celebração dos 20 anos de ordenação dos primeiros diáconos permanentes de Aveiro levou-me até lá. Para recordar essa data, mas também para estar com amigos que comungam dos mesmos ideais e acertam o passo na mesma caminhada. Foi muito bom sair dos meus espaços habituais para olhar outras paisagens de cores diversas que fogem das tonalidades marinhas.
Foi no dia de Pentecostes, de há 20 anos, que a diocese de Aveiro ofereceu à comunidade os primeiros diáconos permanentes dos tempos modernos. O ministério ordenado do diácono vem da Igreja primitiva, mas caiu em desuso há séculos. O Vaticano II restaurou-o, tendo chegado a Aveiro em 1988, quando foram ordenados os primeiros diáconos permanentes, por D. António Marcelino.
Depois desses, outro se lhes seguiram, como resposta às prioridades pastorais das comunidades humanas e dos serviços paroquiais e diocesanos. Um dos principais responsáveis pelo acompanhamento e formação dos diáconos permanentes, padre Georgino Rocha, lembrou neste encontro que devemos estar abertos a novas formas diaconais, apoiados, obviamente, nas experiências já vividas. Urge, acrescentou, apostar em respostas aos desafios da sociedade e da Igreja do presente, aceitando os alertas que o Espírito nos vai suscitando.
Em altura própria, o Bispo de Aveiro, D. António Francisco, frisou a alegria do momento, neste dia de Pentecostes e de vigília de Santa Joana, Padroeira da cidade e da diocese de Aveiro. Não esqueceu o diácono já falecido, Carlos Merendeiro, da Gafanha da Nazaré, lembrando que ele está sempre connosco. Contudo, connosco também devem estar, salientou D. António, aqueles a quem é preciso dar o alvoroço da vocação. Porque a Igreja tem de continuar a contar com a beleza deste ministério, que vem dos tempos apostólicos, e porque temos de olhar mais para o futuro, referiu o Bispo de Aveiro.
O encontro de ontem foi enriquecido com um trabalho multimédia organizado por Carlos Nunes, candidato ao diaconado permanente. A formação, a vida diaconal e testemunhos estiveram em foco na projecção apresentada no Centro Social de Recardães. As celebrações prosseguem no dia 22 de Maio, com a participação dos diáconos na eucaristia e procissão própria do Corpo de Deus, em Aveiro, e em 23 do mesmo mês, no Caramulo, com missa de acção de graças e visita ao Museu.
FM

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