Por motivo de consulta médica, acompanhei hoje uma familiar ao Hospital Universitário de Coimbra, onde, aliás, tenho ido inúmeras vezes. Hoje como sempre foi muito difícil estacionar. A paciente teve que correr para não perder a consulta e eu tive de andar, andar, andar à procura de um cantinho para estacionar o carro. Como é sabido, naquela zona da cidade há vários hospitais ou diversas dependências do mesmo. O HUC propriamente dito, o Hospital Pediátrico, o IPO e outros. E o problema está aqui. Com tão completa concentração de serviços, decerto com muitas centenas de funcionários, entre médicos, paramédicos, auxiliares e administrativos, os espaços existentes mal dão para eles. E para os doentes e acompanhantes que chegam de toda a Região Centro para as consultas e exames? É impossível. Não se compreende como é que os programadores, projectistas, políticos e demais responsáveis por estes equipamentos não pensam nestas questões. Usar transportes públicos? É complicado. Mas quem usa os seus meios próprios, como é que há-de fazer? Só há uma solução: cada doente tem de levar um condutor para andar por ali às voltas enquanto dura a consulta. Hoje de manhã havia muitos, como eu. Em conclusão: pensar na construção de hospitais (e de quaisquer equipamentos) exige que se pense na qualidade de apoios aos doentes, seus familiares e utentes.
FM
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