quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

SOMOS UM PAÍS DE PESSIMISTAS?

Há programas de rádio e televisão que abrem os seus microfones a quem se dispuser a telefonar. Concordo com esta maneira de dar voz a quem normalmente não a tem. Por esta forma, é possível ouvir desabafos, críticas e reacções aos problemas do dia-a-dia que afligem as pessoas. De quando em vez lá consigo aproveitar algum tempo livre para ficar a par do que pensam os portugueses sobre a realidade da nossa sociedade. Por vezes, aparecem pessoas com saber e calma suficientes para dizerem o que pensam, com delicadeza e capacidade de síntese. Outras, nem por isso. Poucas afinam pela positiva, sublinhando o que há de bom, sem deixarem de dizer por que razão não concordam com isto ou com aquilo. A maioria, frequentemente com azedume, acha que está tudo mal. Todos os políticos são desonestos e incompetentes, todos os serviços públicos são incapazes, tudo está errado. Raramente aparece quem diga bem seja do que for. Fico com a ideia de que, de facto, somos um País de pessimistas. Sendo verdade que há muito a corrigir, muito a aperfeiçoar, também é verdade que há muita coisa boa. No meio, afinal, é que estará a virtude. FM

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