sábado, 1 de dezembro de 2007

1º de Dezembro



Ainda não perdemos a dignidade
de Nação livre e independente



Não sei se muitos portugueses ainda sabem que dia se celebra hoje. Dia 1º de Dezembro, feriado nacional, para recordar a célebre data histórica do ano 1640. Depois do domínio filipino, que durou 60 anos, um grupo de portugueses restaurou a dignidade nacional, proclamando rei D. João IV, o então duque de Bragança e a residir em Vila Viçosa. Diz a história pátria que foi dia grande, com o povo a festejar o feito levado a cabo por um grupo organizado de patriotas.
Que é feriado, julgo que toda a gente o sabe. O significado e a importância do que se celebra penso que pouca gente estará interessada em saber. Julgo também que, se viéssemos para aqui, agora, falar do patriotismo daqueles heróis, ainda alguém ficaria ofendido. Porque para alguns, infelizmente, já é politicamente incorrecto falar de patriotismo. Nunca percebi porquê. Nem estarei, nesta idade, com tempo para descobrir a vergonha com que alguns escribas e falantes fogem à ideia de patriotismo, considerando-a ultrapassada.
Contudo, não me coíbo de dizer que o amor à Pátria, no qual fui educado, devia ser regra de conduta diária de quem educa. A nossa juventude, penso eu, só ganhará se for encaminhada para os valores que enformaram as nossas raízes e que são os alicerces sólidos de uma nação independente.
Recordar os feitos dos nossos antepassados, muitos dos quais construíram o nosso País com muito amor e com muitos lágrimas, é obrigação de todos. Sem complexos e com orgulho. Somos uma das nações mais antigas da Europa. Demos novos mundos ao mundo. A Língua Portuguesa pode ouvir-se e falar-se nos quatro cantos da Terra. Fomos muito poderosos e hoje estamos na cauda da UE a nível económico. Mas, que eu saiba e sinta, ainda não perdemos a dignidade de Nação livre e independente, orgulhosa do seu passado, atenta ao seu presente e confiante no seu futuro.

Fernando Martins

2 comentários:

  1. Concordo. Há quem rejeite o patriotismo por ignorância ou por internacionalismos sem sentido. As nações cabem muito bem num mundo tão diverso como este em que estamos.

    Júlio F. Rodrigues

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  2. Também acho que deviamos zelar mais pela nossa identidade sem nacionalismos exacerbados. Deviamos aprender a conhecermo-nos e valorizar o que de bom temos e que nos representa como povo-nação. E ter orgulho nisso por ser nosso e sermos capazes de fazer cada vez melhor. Não precisamos de ser grandes, nem fortes nem poderosos. Precisamos sim de ser bons portugueses e merecer aqueles que nos concederam o direito de dizer de cabeça levantada: Viva Portugal!!!
    João Marçal

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