O Nobel da Paz Ambiental
1. Nestes dias, a paz com a natureza foi causa reconhecida com o Nobel. Não precisava de tal atribuição, mas este “reforço positivo” renova os imperativos ecológicos nas agendas políticas. É uma questão de sobrevivência. Como em tudo e como sempre, há quem tenha apoiado a atribuição e há quem não a veja com bons olhos; uma coisa é certa, não há alternativa, será mesmo necessário a transformação de alguns hábitos (diários) a fim da preservação do maior e mais belo património de todos que é, afinal, a nossa própria sobrevivência: a natureza que nos envolve, que somos, e que está em perigo. É um facto, a mudança (já em exercício+-) inadiável, ganha um novo impulso.
2. Na data de 10 de Dezembro, Dia dos Direitos Humanos, será entregue o Prémio Nobel da Paz 2007 a Al Gore, ex-vice-presidente da Casa Branca (ex-futuro presidente dos EUA!) e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, ligado às Nações Unidas). Poder-se-á perguntar: que têm os direitos humanos a ver com as questões ambientais? Será que agora esta uma nova moda? Talvez se vivêssemos noutros sítios do mundo entenderíamos bem melhor a urgência destas questões. Cada ano que passa, as alterações climáticas confirmam-se como um facto alarmante que, em última análise, poderá mudar a configuração do planeta; diante de catástrofes de um lado do mundo, as migrações populacionais, e a própria corrida aos recursos disponíveis, podem mudar radicalmente o cenário populacional global.
3. A propósito deste reconhecimento a Al Gore, alguns analistas consideram-no como o homem que chegou sempre cedo demais; tanto a perceber os alcances da Internet, como o erro da invasão do Iraque (claro, por contraposição à política de W. Bush), como ainda nos anos 80 foi pioneiro a compreender os riscos do aquecimento global. Não se pense, por isso, que o seu famoso documentário global “Uma Verdade Inconveniente” é uma moda dos últimos dias. Trata-se de uma linha de coerência, naturalmente mediatizada e mediatizadora, mas em que claramente Gore muito contribuiu nestes últimos anos para criar uma opinião pública planetária para esta urgência. Agora, o Nobel, premiando (verdade se diga) o uso dos instrumentos comunicacionais ao serviço desta causa, subscreve essa urgência inadiável! É mesmo importante que entendamos a mudança; das políticas institucionais aos cidadãos informais, a mudança será intensificada. Ou não queremos deixar mundo aos vindouros?! No fundo, hoje, é esta a pergunta essencial. Claro que sim!
Alexandre Cruz
1. Nestes dias, a paz com a natureza foi causa reconhecida com o Nobel. Não precisava de tal atribuição, mas este “reforço positivo” renova os imperativos ecológicos nas agendas políticas. É uma questão de sobrevivência. Como em tudo e como sempre, há quem tenha apoiado a atribuição e há quem não a veja com bons olhos; uma coisa é certa, não há alternativa, será mesmo necessário a transformação de alguns hábitos (diários) a fim da preservação do maior e mais belo património de todos que é, afinal, a nossa própria sobrevivência: a natureza que nos envolve, que somos, e que está em perigo. É um facto, a mudança (já em exercício+-) inadiável, ganha um novo impulso.
2. Na data de 10 de Dezembro, Dia dos Direitos Humanos, será entregue o Prémio Nobel da Paz 2007 a Al Gore, ex-vice-presidente da Casa Branca (ex-futuro presidente dos EUA!) e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, ligado às Nações Unidas). Poder-se-á perguntar: que têm os direitos humanos a ver com as questões ambientais? Será que agora esta uma nova moda? Talvez se vivêssemos noutros sítios do mundo entenderíamos bem melhor a urgência destas questões. Cada ano que passa, as alterações climáticas confirmam-se como um facto alarmante que, em última análise, poderá mudar a configuração do planeta; diante de catástrofes de um lado do mundo, as migrações populacionais, e a própria corrida aos recursos disponíveis, podem mudar radicalmente o cenário populacional global.
3. A propósito deste reconhecimento a Al Gore, alguns analistas consideram-no como o homem que chegou sempre cedo demais; tanto a perceber os alcances da Internet, como o erro da invasão do Iraque (claro, por contraposição à política de W. Bush), como ainda nos anos 80 foi pioneiro a compreender os riscos do aquecimento global. Não se pense, por isso, que o seu famoso documentário global “Uma Verdade Inconveniente” é uma moda dos últimos dias. Trata-se de uma linha de coerência, naturalmente mediatizada e mediatizadora, mas em que claramente Gore muito contribuiu nestes últimos anos para criar uma opinião pública planetária para esta urgência. Agora, o Nobel, premiando (verdade se diga) o uso dos instrumentos comunicacionais ao serviço desta causa, subscreve essa urgência inadiável! É mesmo importante que entendamos a mudança; das políticas institucionais aos cidadãos informais, a mudança será intensificada. Ou não queremos deixar mundo aos vindouros?! No fundo, hoje, é esta a pergunta essencial. Claro que sim!
Alexandre Cruz