sexta-feira, 4 de maio de 2007

Questões culturais

SOMOS O QUE SOMOS…
Somos o que somos… A cultura é só para alguns. Eduardo Prado Coelho diz hoje, na sua coluna, O Fio do Horizonte, que “o espaço dedicado aos problemas culturais tem-se vindo a restringir não só na comunicação social como nas várias instâncias em que a cultura costumava ser tratada”. É um facto, pese embora a publicação de algumas páginas e suplementos nos vários órgãos de comunicação social. O mesmo se diga em relação a contributos de vários departamentos estatais e instituições privadas, nomeadamente as religiosas. Importa, no entanto, fazer muito mais, porque a cultura está na base de uma sociedade mais livre. Mais uma notícia sintomática desta triste realidade veio hoje no PÚBLICO. Plácido Domingo cantou na quarta-feira, 2 de Maio, em Lisboa, no Pavilhão Atlântico, com a casa a dois quintos da sua lotação. Uma tristeza. Se ali viesse cantar um qualquer artista pimba, estou em crer que o pavilhão rebentaria pelas costuras. Assim, apenas lá estiveram alguns dos seus admiradores. Como é que poderemos reagir a isto? Confesso que não sei. Só sei que há a este nível um défice cultural do nosso povo, que ainda não é capaz de apreciar a arte sublime de um artista de renome internacional, como é Plácido Domingo. Somos, de facto, o que somos…

2 comentários:

  1. Não foi o Placido Domingo que não actuou no dia que estava determinado, por estar rouco?
    Isso pode dizer tudo.
    Nem todos os que gostam dele tem todo o tempo disponível!

    Ângelo Ribau

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  2. Meu caro...

    Quando ele cancelou o primeiro concerto, estavam vendidos apenas um terço dos bilhetes. Houve até quem dissesse que ele não cantou por causa disso, mas não creio.
    Em minha opinião, para outros, há sempre tempo...

    Um abraço

    Fernando

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