quinta-feira, 3 de maio de 2007

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

OS JORNALISTAS HONESTOS
APENAS QUEREM
UMA SOCIEDADE MAIS FRATERNA
Ao pensar no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se comemo-ra, sinto que ainda temos muito que caminhar nessa linha. Há imensa gente que gosta de aproveitar, com regularidade, a imprensa em geral, nas suas mais variadas facetas, mas quando é chamada a colaborar, não está para aí virada. Depois, contudo, sabe criticar a falta de objectividade que alguma imprensa patenteia. Como jornalista, senti na pele essa dificuldade, mesmo em sectores que deviam pautar a sua conduta por uma colaboração atenta e oportuna. Refiro-me, por exemplo, a responsáveis de Igrejas, onde encontrei alguns avessos à comunicação social, e frequentemente desconfiados face aos jornalistas. Estavam normalmente de pé atrás, remetendo as suas respostas às questões levantadas para depois, e fugindo, inúmeras vezes, a entrevistas, alegando que os profissionais deturpavam tudo. È verdade que há jornalistas um tanto ou quanto desfasados da linguagem e temas religiosos, mas também é correcto pensar que da parte das Igrejas, cristãs ou outras, não tem havido um espírito de abertura aos media, compatível com as exigências do nosso tempo, muito embora a grande maioria dos jornais regionais do País seja de expressão católica. Vivemos na era da comunicação social, com meios cada vez mais sofisticados, mas nem sempre os utilizamos como forma extraordinária de estar no mundo. Exige-se, pois, de cada um, a cooperação atenta e responsável, a colaboração aberta e solidária, no sentido de levar às pessoas a informação e a formação o mais completas possível, porque uma sociedade mais informada e mais formada é, sem sombra de dúvida, uma sociedade mais livre, mais democrática, mais justa. Os jornalistas, quando sentem que há alguém disponível para ajudar, que há fontes responsáveis e credíveis, até se dispõem mais a dar voz a quem não a tem, mais vez a quem nunca é ouvido. Urge, portanto, erradicar a desconfiança em relação aos jornalistas honestos, acreditando que eles, no fundo, apenas querem contribuir para uma sociedade mais fraterna.

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