EÇA DE QUEIROZ
É DE TODOS OS TEMPOS
Numa curta notícia do PÚBLICO de ontem fiquei a saber que o romance OS MAIAS, de Eça de Queiroz, vai ser traduzido e publicado pela primeira vez nos Estados Unidos, devendo ser posto à venda no dia 30 de Julho.
Ao dar o seu apoio a esta tradução e edição, o crítico literário norte-americano Harol Bloom considera OS MAIAS como “um dos mais notáveis romances europeus do século XIX, comparável, na sua totalidade, às melhores obras dos grandes mestres russos, franceses, italianos e ingleses da prosa de ficção”.
O mesmo crítico sublinha que a obra “revela a decadência de Portugal, no seu longo declínio, que iria culminar no regime fascista de Salazar do século XX”.
O importante desta notícia, para os portugueses do nosso tempo e para outros povos, também está, como creio, na necessidade que há de reler os nossos clássicos, que são, sem dúvida alguma, uma das principais fontes da forma do viver e pensar dos nossos antepassados.
A vida do povo e o retrato das sociedades de antanho estão mais nos romances do que nos livros de história. Com esta verdade, quem quiser saber mais dos nossos avós tem de ler os livros dos nossos clássicos. Afinal, Eça de Queiroz é de todos os tempos. Por isso, até os norte-americanos vão gostar de o ler.
Ao dar o seu apoio a esta tradução e edição, o crítico literário norte-americano Harol Bloom considera OS MAIAS como “um dos mais notáveis romances europeus do século XIX, comparável, na sua totalidade, às melhores obras dos grandes mestres russos, franceses, italianos e ingleses da prosa de ficção”.
O mesmo crítico sublinha que a obra “revela a decadência de Portugal, no seu longo declínio, que iria culminar no regime fascista de Salazar do século XX”.
O importante desta notícia, para os portugueses do nosso tempo e para outros povos, também está, como creio, na necessidade que há de reler os nossos clássicos, que são, sem dúvida alguma, uma das principais fontes da forma do viver e pensar dos nossos antepassados.
A vida do povo e o retrato das sociedades de antanho estão mais nos romances do que nos livros de história. Com esta verdade, quem quiser saber mais dos nossos avós tem de ler os livros dos nossos clássicos. Afinal, Eça de Queiroz é de todos os tempos. Por isso, até os norte-americanos vão gostar de o ler.
F. M.