A Exaltação do Amor
Embora exista e deva ser exercido o direito à indignação, nem sempre é a melhor resposta a afirmações que, não sendo mentira, ocultam o essencial da verdade. Claro que me refiro a um conjunto de notícias e reportagens surgidas entre nós sobre a Exortação Apostólica "Sacramentum Caritatis". Extraída das propostas essenciais do último Sínodo dos Bispos, ganha um voo exaltante na integração teológica, litúrgica e pastoral que Bento XVI imprime à Eucaristia como o maior dos dons concedidos à Igreja.
Não apresenta qualquer nova rubrica. Há, isso sim, uma reafirmação vigorosa da incomensurável dignidade do mistério Eucarístico em todas as suas vertentes. E as "exortações" concretas aos intervenientes na acção litúrgica, não são mais que breves afinações no concerto sublime de louvor que constitui cada celebração Eucarística. Reduzir este documento à questão do celibato, do latim e do gregoriano, é distorcer por inteiro a missão de Pedro que, com os Doze, vai à frente do rebanho apontando luminosamente o caminho traçado pelo Mestre.
A teologia e a pastoral encarnadas têm direito e dever de estudar e repropor novos olhares no campo da liturgia, da arte, da participação, da cultura, das sensibilidades dos intervenientes nos diferentes escalões etários e nas aproximações ou distanciamentos no itinerário da fé. Assim, também se torna importante um olhar crítico, iluminado pelo Espírito, para se caminhar ao ritmo de Deus e do homem. E, felizmente, na Igreja esse debate existe, não apenas a nível de laboratório teológico mas também de cristãos que na sua fidelidade ao Evangelho rompem novos caminhos sugeridos pelo Espírito que habita a Igreja e os novos dinamismos do mundo. Mas tudo isso é diferente duma limitação, primária e obtusa, dum instrumento pastoral, a um ressequido legalismo litúrgico. A melhor resposta que os cristãos podem dar a (esta) avalanche de banalidades, é ler o documento. Não é longo. É simples, claro, directo. Mas que se não perca o seu espírito. E a sua referência à beleza - uma nota recortada dum bispo português que participou activamente no Sínodo. Reduzir este documento a rubricas é ler um poema como se fosse uma fria peça jurídica. E estamos perante a exaltação do grande Sacramento do Amor.
Embora exista e deva ser exercido o direito à indignação, nem sempre é a melhor resposta a afirmações que, não sendo mentira, ocultam o essencial da verdade. Claro que me refiro a um conjunto de notícias e reportagens surgidas entre nós sobre a Exortação Apostólica "Sacramentum Caritatis". Extraída das propostas essenciais do último Sínodo dos Bispos, ganha um voo exaltante na integração teológica, litúrgica e pastoral que Bento XVI imprime à Eucaristia como o maior dos dons concedidos à Igreja.
Não apresenta qualquer nova rubrica. Há, isso sim, uma reafirmação vigorosa da incomensurável dignidade do mistério Eucarístico em todas as suas vertentes. E as "exortações" concretas aos intervenientes na acção litúrgica, não são mais que breves afinações no concerto sublime de louvor que constitui cada celebração Eucarística. Reduzir este documento à questão do celibato, do latim e do gregoriano, é distorcer por inteiro a missão de Pedro que, com os Doze, vai à frente do rebanho apontando luminosamente o caminho traçado pelo Mestre.
A teologia e a pastoral encarnadas têm direito e dever de estudar e repropor novos olhares no campo da liturgia, da arte, da participação, da cultura, das sensibilidades dos intervenientes nos diferentes escalões etários e nas aproximações ou distanciamentos no itinerário da fé. Assim, também se torna importante um olhar crítico, iluminado pelo Espírito, para se caminhar ao ritmo de Deus e do homem. E, felizmente, na Igreja esse debate existe, não apenas a nível de laboratório teológico mas também de cristãos que na sua fidelidade ao Evangelho rompem novos caminhos sugeridos pelo Espírito que habita a Igreja e os novos dinamismos do mundo. Mas tudo isso é diferente duma limitação, primária e obtusa, dum instrumento pastoral, a um ressequido legalismo litúrgico. A melhor resposta que os cristãos podem dar a (esta) avalanche de banalidades, é ler o documento. Não é longo. É simples, claro, directo. Mas que se não perca o seu espírito. E a sua referência à beleza - uma nota recortada dum bispo português que participou activamente no Sínodo. Reduzir este documento a rubricas é ler um poema como se fosse uma fria peça jurídica. E estamos perante a exaltação do grande Sacramento do Amor.