Três poemas para sentirmos os cheiros e as cores de mais uma Primavera, como sugeriu a amiga Sara que mos enviou. Que a Primavera traga a todos alegria e ternura.
Berço
A cegonha chega ao ninho
Que tão alto ali a espera
Procura berço do Sol
Seu berço de Primavera.
Vem de longe muito longe
Em viagem tão comprida
Quem não amar este berço
Sabe tão pouco da vida.
Matilde Rosa Araújo
(retirado do livro "As Fadas Verdes")
:
Árvore
A cegonha chega ao ninho
Que tão alto ali a espera
Procura berço do Sol
Seu berço de Primavera.
Vem de longe muito longe
Em viagem tão comprida
Quem não amar este berço
Sabe tão pouco da vida.
Matilde Rosa Araújo
(retirado do livro "As Fadas Verdes")
:
Árvore
A semente dorme na
placenta, húmida, da
Terra. Mas começam a
percorrê-la murmúrios
de água e primavera.
Torna-se raiz e caule,
que irrompe da sua
prisão sem luz para
beber os ventos e a
claridade do dia.
O tronco firma-se como
um mastro e caminha
para os céus, claros,
num apelo a ninhos.
Em breve, brevezinho,
desfralda-se em ramos
E folhas que atraem
uma floração de asas e
de cânticos. E a árvore
começa a ser, a dar e a
permitir vida.
Luísa Dacosta
(texto incluído na colectânea organizada por
José António Gomes "Conto Estrelas em Ti")
Primavera
A romãzeira borda
o sorriso do sol
no lenço dos namorados
João Pedro Mésseder e Francisco Duarte Mangas
Primavera
A romãzeira borda
o sorriso do sol
no lenço dos namorados
João Pedro Mésseder e Francisco Duarte Mangas
(retirado do livro "Breviário do Sol")