Cientista israelita
diz que ossário de Jesus
é uma história inventada
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“Um dos cientistas que aparecem no documentário sobre o ossário de Jesus contesta agora o fundamento das alegadas provas recolhidas pelos realizadores do programa. Stephen Pfann, paleógrafo e investigador da Universidade da Terra Santa, de Jerusalém, diz que James Cameron e Simcha Jacobovici se enganaram redondamente em relação a uma das peças fundamentais. "Pega-se num bocadinho de ciência, inventa-se uma história e faz-se um novo Terminator ou Vida de Brian, afirmou Pfann, não poupando na crítica ao premiado realizador de Hollywood. O que está em causa é uma inscrição que diz uma coisa diferente daquela que os realizadores do documentário pretendem. No filme, produzido pelo Discovery Channel, sugere-se que um ossário encontrado em 1980 conteria os ossos de Jesus Cristo, Maria Madalena, um filho de ambos e restante família. A inscrição diria "Mariamene e Mara", o que significa "Maria a mestra". Jacobovici afirmava, em defesa da sua tese, que o nome Mariamene era raro, e que o seu aparecimento em vários textos cristãos é interpretado como sendo referido a Maria Madalena.Stephen Pfann diz que nada mais errado. Citado pela AP, o investigador diz que os nomes foram escritos por mãos diferentes: Mariame está escrito em grego formal; quando os restos mortais de outra mulher se juntaram aos da primeira, mão diferente acrescentou, em cursivo, "kai Mara", o que quer dizer "e Mara". Mara é uma forma diferente do nome Marta. Assim, a leitura de Pfann é que o ossário não contém os ossos de Maria, "a mestra", mas de "Maria e Marta". "Assim sendo, não há razão nenhuma para ligar este ossário a Maria Madalena ou a qualquer outra pessoa na tradição bíblica, extrabíblica ou eclesial." Com o objectivo de conseguir uma boa história, o documentário compromete-se com alguns "disparates", critica Pfann.”
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Li este texto no PÚBLICO de hoje. Mais uma vez, houve alguém que gostou de brincar com coisas sérias. Agindo certamente de má-fé, quis criar públicos para o documentário que, mesmo assim, não deixará de correr mundo. A comunicação social está cheia de manigâncias destas. A Internet também.
Ainda há dias os meus e.mail’s foram invadidos por um abaixo-assinado sobre um filme horrível, em que se apresentava Jesus Cristo como homossexual, em práticas com os seus apóstolos. Estranhei o caso por nunca ter lido nada disso em qualquer órgão de comunicação social, dos muitos, portugueses e estrangeiros, que diariamente consulto. Não lhe dei seguimento como se pedia. Dias depois veio o desmentido. Mais uma vez, alguém sem moral quis brincar com coisa séria, explorando quem julga que todas as pessoas são honestas. Temos de estar muito atentos.