PROBLEMA QUE PEDE
MAIS DO QUE A MUDANÇA
DE UMA LEI
Escrevo dois dias antes do referendo e faço-o de propósito para que não seja o resultado dos votos contados a in-fluenciar o meu pensamento. Poderei, assim, antecipar algumas reflexões oportunas, quaisquer que sejam os votantes a fazer a festa.
Quero deixar claro que o resultado final não me é indiferente. Tornei público o sentido do meu voto e as razões da minha opção. Não calei, nas últimas semanas, que estamos num momento muito importante e sério da vida nacional e que os êxitos e preocupações económicas dos governantes não podem deitar para debaixo do tapete o mundo de problemas sociais e humanos graves que temos diante dos olhos e não podemos ignorar. Há situações que põem a claro o respeito ou o desprezo por valores morais e éticos essenciais, que não só dignificam a pessoa, como dão consistência à comunidade que somos e esperança ao futuro que desejamos e necessitamos.
Porque as situações e os problemas são conhecidos, temos possibilidade de tirar, desde já, algumas conclusões que podem e devem perdurar para além das eleições.
Estes meses puseram ainda mais a claro que há, na sociedade portuguesa, fracturas e divisões muito grandes e projectos muito divergentes. Desde há muito, o pluralismo nas opiniões, atitudes e opções dos portugueses se foi constituindo um desafio à convivência pacífica e ao respeito pela diferença. Uma realidade que não dispensa a mútua aceitação, o diálogo aberto, a tolerância activa, a liberdade ao alcance de todos, para que cada um se possa afirmar e exprimir, sem que seja por isso minimizado nos seus direitos de legítima cidadania, ou considerado a mais nesta terra que é também sua.
Escrevo dois dias antes do referendo e faço-o de propósito para que não seja o resultado dos votos contados a in-fluenciar o meu pensamento. Poderei, assim, antecipar algumas reflexões oportunas, quaisquer que sejam os votantes a fazer a festa.
Quero deixar claro que o resultado final não me é indiferente. Tornei público o sentido do meu voto e as razões da minha opção. Não calei, nas últimas semanas, que estamos num momento muito importante e sério da vida nacional e que os êxitos e preocupações económicas dos governantes não podem deitar para debaixo do tapete o mundo de problemas sociais e humanos graves que temos diante dos olhos e não podemos ignorar. Há situações que põem a claro o respeito ou o desprezo por valores morais e éticos essenciais, que não só dignificam a pessoa, como dão consistência à comunidade que somos e esperança ao futuro que desejamos e necessitamos.
Porque as situações e os problemas são conhecidos, temos possibilidade de tirar, desde já, algumas conclusões que podem e devem perdurar para além das eleições.
Estes meses puseram ainda mais a claro que há, na sociedade portuguesa, fracturas e divisões muito grandes e projectos muito divergentes. Desde há muito, o pluralismo nas opiniões, atitudes e opções dos portugueses se foi constituindo um desafio à convivência pacífica e ao respeito pela diferença. Uma realidade que não dispensa a mútua aceitação, o diálogo aberto, a tolerância activa, a liberdade ao alcance de todos, para que cada um se possa afirmar e exprimir, sem que seja por isso minimizado nos seus direitos de legítima cidadania, ou considerado a mais nesta terra que é também sua.
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