Princípios
e critérios do voto
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1. Qualquer opção consciente impli-cará um sério discernimento prévio. A qualquer eleição ou referendo terá de presidir um sentido de ideal, de princípio, sendo este a base de critérios certa para um voto em consciência consciente; sim (consciência consciente), porque poderá haver consciência inconsciente de tudo o que está em causa numa opção a assumir…
Sublinhamos, precisamente, a urgente necessidade dos “princípios” para haver “critérios” sustentados; sem estes (nem uns nem outros) a opção poderá, enganada, recair sobre os mil e um acessórios deitando ao mar o essencial. Será mesmo necessário parar para pensar, não deixando, assim, que o assunto se fique pela rama da emoção, do sensacionalismo ou numa mera óptica do que parece mais prático…
2. Talvez, reconstruindo um caminho dos acessórios até ao essencial, poderemos dizer em assuntos de fronteira que haverá uma série de critérios que não poderão nortear uma decisão consciente: não poderá ser o critério economicista do dinheiro dos impostos aplicado ou não; não o critério da ideia de progresso ser ir atrás dos outros como se pertencer à maioria – lógica da quantidade - dos que fazem isto ou aquilo fosse certificação da Verdade.
Não ao critério do moralismo seja político, filosófico ou religioso; não ao critério utilitarista de um ser humano fazer o que quer de Outro abrindo a porta quando dá jeito e fechando quando não apetece; não mesmo ao critério demográfico, pois mesmo que a população fosse muita o que é (essencialmente) bem ou mal não deixa de o ser por haver muita ou pouca população. Não o ler as soluções só a partir das consequências (no ilusório apagar do fogo) ocultando a origem, tudo o que está antes, as causas essenciais.
3. Qualquer voto pensado indicará sobre: o que queremos do futuro como padrão de referência para a sociedade? Que referenciais em termos de dignidade humana (em que todos dizem acreditar)? Os dias têm sido de debates e números; argumentos e contra-argumentos em que muitas vezes entra-se na “coisificação vazia” da aventura de dignidade mais admirável que é a nossa viagem até chegarmos à vida.
Tem sido, na generalidade, exemplar o esforço de isenção das religiões em Portugal que, assim, proporcionam que não se confundam os planos do que está em causa; tem sido, na generalidade, infeliz a cumplicidade de partidos políticos e figuras de estado em assunto que deverá ser essencialmente do pendor da sociedade civil. Tem sido oportunidade tolerante, apesar de tanto ruído, das posições SIM e NÃO se encontrarem e escutarem mutuamente nos argumentos de cada diversidade, dando assim oportunidade aos portugueses de pensarem e discernirem para votar algo que em sociedades avançadas na dignidade humana seria simplesmente invotável.
4. Mas, e se de repente todos ficássemos surdos e mudos; e se nos debates se fizesse silêncio e em vez de palavras apostássemos no critério da vanguarda científica. Sim, em silêncio humildemente acolhermos toda a lição da Verdade das profundidades maternas que acolhem o mistério incalculável da vida humana a começar, transformando-se criativamente desde o primeiro segundo até chegar aos milhões de segundos (3.153.600 em média por ano de vida) que hoje transportamos.
Em que bases assentarão os votos? Que princípios e critérios presidirão à opção? Uma ideia será certa: não poderão ser critérios práticos e utilitaristas a decidir a opção consciente; esta sabe ler e discernir entre aquilo que é acessório e o que é o essencial como opção de ideal colectivo. No “princípio”, a que hoje – mais que em qualquer outra geração - poderemos aceder pelo critério isento da ciência e deixá-la falar… estará a noção de que a própria genialidade da ciência ilumina a consciência recta.
5. A sensação de que qualquer voto que seja exercido tenha como motivação apagar o fogo prático das consequências sem haver horizontes capazes de ver o essencial será mais um sinal confirmado de défice civilizacional (sim, em muitos dos países europeus…). Que ao menos o fascínio da ciência, que hoje nos mostra como fomos e somos a partir da profundidade materna, seja luz de vanguarda humanista no zelo pela dignidade humana. Será nesta luz que se obterão pontos de equilíbrio em tudo o resto…
É que há Outro (dependente mas autónomo, como nós hoje, afinal) para além de mim, o que nos diz que todas as questões sofridas de justiça, saúde, défice de EDUCAÇÃO HUMANA para a saúde e para os valores fundamentais,… tudo, vem muito depois do essencial. Daqui a uns 20 anos os países europeus, com a sofisticação científica clarividente sempre crescente, vão olhar para trás e reconhecerem-se indignos por terem perdido tudo (se perdermos a vida perdemos tudo, toda a raiz da ética pessoal e social). E perguntam-se (se tiverem capacidade de questionamento): que herança deixámos aos vindouros?!...
6. Talvez valha a pena (não nos perdermos nas questões acessórias que sendo importantes são necessariamente relativas e) ir ao “PRINCÍPIO” de tudo. No caso de dúvida, no princípio (vendo imagens do embrião humano no ventre materno), com isenção absoluta e não se ficando no “nim” (do ser-humano-cidadão indiferente), concluiremos que a ciência ilumina a consciência (consciente). Factos são factos e se lhes damos toda a importância então dê-se primazia ao facto mais surpreendente que é a VIDA em todas as suas fases de caminhada. Uma primazia que não exclui mas inclui…
Sublinhamos, precisamente, a urgente necessidade dos “princípios” para haver “critérios” sustentados; sem estes (nem uns nem outros) a opção poderá, enganada, recair sobre os mil e um acessórios deitando ao mar o essencial. Será mesmo necessário parar para pensar, não deixando, assim, que o assunto se fique pela rama da emoção, do sensacionalismo ou numa mera óptica do que parece mais prático…
2. Talvez, reconstruindo um caminho dos acessórios até ao essencial, poderemos dizer em assuntos de fronteira que haverá uma série de critérios que não poderão nortear uma decisão consciente: não poderá ser o critério economicista do dinheiro dos impostos aplicado ou não; não o critério da ideia de progresso ser ir atrás dos outros como se pertencer à maioria – lógica da quantidade - dos que fazem isto ou aquilo fosse certificação da Verdade.
Não ao critério do moralismo seja político, filosófico ou religioso; não ao critério utilitarista de um ser humano fazer o que quer de Outro abrindo a porta quando dá jeito e fechando quando não apetece; não mesmo ao critério demográfico, pois mesmo que a população fosse muita o que é (essencialmente) bem ou mal não deixa de o ser por haver muita ou pouca população. Não o ler as soluções só a partir das consequências (no ilusório apagar do fogo) ocultando a origem, tudo o que está antes, as causas essenciais.
3. Qualquer voto pensado indicará sobre: o que queremos do futuro como padrão de referência para a sociedade? Que referenciais em termos de dignidade humana (em que todos dizem acreditar)? Os dias têm sido de debates e números; argumentos e contra-argumentos em que muitas vezes entra-se na “coisificação vazia” da aventura de dignidade mais admirável que é a nossa viagem até chegarmos à vida.
Tem sido, na generalidade, exemplar o esforço de isenção das religiões em Portugal que, assim, proporcionam que não se confundam os planos do que está em causa; tem sido, na generalidade, infeliz a cumplicidade de partidos políticos e figuras de estado em assunto que deverá ser essencialmente do pendor da sociedade civil. Tem sido oportunidade tolerante, apesar de tanto ruído, das posições SIM e NÃO se encontrarem e escutarem mutuamente nos argumentos de cada diversidade, dando assim oportunidade aos portugueses de pensarem e discernirem para votar algo que em sociedades avançadas na dignidade humana seria simplesmente invotável.
4. Mas, e se de repente todos ficássemos surdos e mudos; e se nos debates se fizesse silêncio e em vez de palavras apostássemos no critério da vanguarda científica. Sim, em silêncio humildemente acolhermos toda a lição da Verdade das profundidades maternas que acolhem o mistério incalculável da vida humana a começar, transformando-se criativamente desde o primeiro segundo até chegar aos milhões de segundos (3.153.600 em média por ano de vida) que hoje transportamos.
Em que bases assentarão os votos? Que princípios e critérios presidirão à opção? Uma ideia será certa: não poderão ser critérios práticos e utilitaristas a decidir a opção consciente; esta sabe ler e discernir entre aquilo que é acessório e o que é o essencial como opção de ideal colectivo. No “princípio”, a que hoje – mais que em qualquer outra geração - poderemos aceder pelo critério isento da ciência e deixá-la falar… estará a noção de que a própria genialidade da ciência ilumina a consciência recta.
5. A sensação de que qualquer voto que seja exercido tenha como motivação apagar o fogo prático das consequências sem haver horizontes capazes de ver o essencial será mais um sinal confirmado de défice civilizacional (sim, em muitos dos países europeus…). Que ao menos o fascínio da ciência, que hoje nos mostra como fomos e somos a partir da profundidade materna, seja luz de vanguarda humanista no zelo pela dignidade humana. Será nesta luz que se obterão pontos de equilíbrio em tudo o resto…
É que há Outro (dependente mas autónomo, como nós hoje, afinal) para além de mim, o que nos diz que todas as questões sofridas de justiça, saúde, défice de EDUCAÇÃO HUMANA para a saúde e para os valores fundamentais,… tudo, vem muito depois do essencial. Daqui a uns 20 anos os países europeus, com a sofisticação científica clarividente sempre crescente, vão olhar para trás e reconhecerem-se indignos por terem perdido tudo (se perdermos a vida perdemos tudo, toda a raiz da ética pessoal e social). E perguntam-se (se tiverem capacidade de questionamento): que herança deixámos aos vindouros?!...
6. Talvez valha a pena (não nos perdermos nas questões acessórias que sendo importantes são necessariamente relativas e) ir ao “PRINCÍPIO” de tudo. No caso de dúvida, no princípio (vendo imagens do embrião humano no ventre materno), com isenção absoluta e não se ficando no “nim” (do ser-humano-cidadão indiferente), concluiremos que a ciência ilumina a consciência (consciente). Factos são factos e se lhes damos toda a importância então dê-se primazia ao facto mais surpreendente que é a VIDA em todas as suas fases de caminhada. Uma primazia que não exclui mas inclui…