segunda-feira, 13 de novembro de 2006

SEMANA DOS SEMINÁRIOS

SEMINÁRIOS
VIVOS SÃO PRECISOS
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Seminário de Santa Joana Princesa, em Aveiro

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Até domingo, 19, está a decorrer, no País, a Semana dos Seminários, com uma preocupação fundamental, que é a de nos levar a reflectir sobre a sua necessidade. Sem estas casas de formação, abertas a quem deseja seguir o presbiterado, em moldes radicalmente diferentes dos que conhecemos há décadas, a Igreja não teria quem servisse o Povo de Deus e as comunidades humanas, a tempo inteiro, como o fazem os padres que conhecemos. Os tempos são outros e as pedagogias não podem ficar num passado que já não volta a marcar os nossos quotidianos. A formação dos futuros padres está a ser feita de forma mais aberta, com os candidatos ao sacerdócio a frequentarem as escolas públicas ou privadas comuns. Aí, os alunos dos Seminários e Pré-Seminários convivem com toda a gente, colegas e professores de ambos os sexos, têm acesso às mesmas fontes do saber dos alunos normais, mas regressam, depois, aos ambientes onde se cultiva e exercita a espiritualidade, onde se partilha a fé com mais regra, onde se debruçam sobre matérias mais específicas da vocação que têm ou julgam ter. Hoje, os Seminários assim são mais vivos, mais completos, mais adequados aos desafios dos tempos que vivemos, formando jovens enraizados no mundo, para trabalharem numa Igreja que não pode fechar-se nos templos. Porque não pode haver Igreja sem padres, os católicos têm de olhar com mais atenção para os Seminários, numa perspectiva de colaboração assídua e muito interessada, sob pena de cortarem as asas, com a sua indiferença, às acções de evangelização, numa época, como a nossa, em que a descristianização está a progredir a olhos vistos. Na sua mensagem para a Semana dos Seminários, D. António Marcelino sublinha que “a Diocese ama e não pode deixar de amar [o Seminário], porque ele será sempre um sinal visível da confiança que Deus deposita em nós, e mostra que nunca desistirá de levar a bom termo o Seu projecto de um amor que salva”. Julgo que é preciso pensar em tudo isto. Não apenas durante esta Semana dos Seminários, mas sempre. Fernando Martins

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