Concluído encontro
do Papa com chefes
da Cúria Romana
Já chegou ao fim a reunião de Bento XVI com os chefes de Dicastérios da Cúria Romana, destinada a analisar a questão criada pela “desobediência do Arcebispo Milingo e a reflectir sobre a dispensa do celibato obrigatório e os pedidos de readmissão dos padres casados.
Uma breve nota da Santa Sé indica que o encontro decorreu na sala Bolonha do Palácio Apostólico do Vaticano.
As conclusões desta reunião não deverão ser tornadas públicas, dado que se trata de uma iniciativa consultiva.
A questão do celibato é do foro disciplinar. Na Igreja Católica Oriental os sacerdotes podem ser casados; na Igreja Católica Latina optou-se pela disciplina do celibato, estabelecido em 1139 (II Concílio de Latrão). O diaconado permanente, por outro lado, pode ser conferido a homens já casados.
Embora reconhecendo as dificuldades da guarda do celibato e a dignidade do matrimónio, Roma tem-se mostrado firme na actual disciplina.
No último Sínodo dos Bispos, em 2005, havia uma grande expectativa sobre eventuais mudanças, mas a assembleia sinodal considerou que os “viri probati” (“homens testados” – expressão que designa homens de confiança casados, de comprovada fé e virtude) não são solução para a crise vocacional.
O Cardeal Juan Sandoval Iñiguez, Arcebispo de Guadalajara e presidente delegado do Sínodo, defendeu que o recurso aos “viri probati” não representa uma solução, mas “um problema”, dando como exemplo a situação que se vive nas Igrejas Orientais ligadas a Roma “que têm padres casados, mas que sofrem, apesar disso, de crise de vocações”.
Já em Abril deste ano, Bento XVI destacou, a importância do celibato para os sacerdotes da Igreja Católica. Recebendo no Vaticano os Bispos do Gana, em visita “ad Limina”, o Papa lembrou que "os que recebem este sacramento estão configurados dum modo particular a Cristo".
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Fonte: Ecclesia