Sobre os actuais debates
em torno do Evolucionismo
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1. A história da proposta e desenvolvimento das teorias evolucionistas (1), desde o século XIX até hoje, está marcada por muitos debates e controvérsias. O decorrer do tempo e o progresso científico alteraram substancialmente a natureza dessas polémicas, mas não as eliminaram.
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2. Para se compreenderem os actuais debates em torno das teorias evolucionistas importa antes de mais retirar de cena aquilo que pouco ou nada interessa. O que não interessa é o chamado criacionismo, um conjunto de concepções de base muito pouco científica, que pretende fazer depender o entendimento do mundo natural não da investigação da própria natureza, mas da leitura de um texto bíblico. O criacionismo é um fenómeno de filiação protestante, e implica um literalismo bíblico que só raras denominações protestantes praticam. A sua sobrevivência explica-se por razões culturais e sociais muito específicas, razões essas que, em geral, não se verificam na Europa e de maneira nenhuma em Portugal. Este criacionismo nunca teve lugar na tradição católica (coisa totalmente diferente é o criacionismo filosófico-teológico, isto é, a noção de que, na ordem do ser, tudo o que existe é mantido, e criado, por Deus).
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