MUDANÇAS... ATÉ NA COR!
Caríssimo/a:
Afinal, sem darmos por ela, e assim a modos de quem não quer a coisa, estamos em pleno século XXI e no terceiro milénio. Nos seus princípios, é verdade, mas parece que nem demos pela mudança. Ou não será assim? Ele de facto andam para aí uns «profetas» de sobrolho carregado a anunciar catástrofes e a dizer coisas que, e isto cá para nós, de tão evidentes e de resultados tais, já ninguém lhes liga... Mas cuidado, muito cuidadinho. Ora vejamos:
Tenho no meu quintal um dióspiro (isto não é bem assim: tenho mais, mas para o caso não interessa...). Aqui há uns trinta-quarenta anos, dióspiro era fruta que se começava a comer na altura de Todos-os-Santos, nos princípios de Novembro, e tínhamos frutos durante grande parte de Dezembro. Pois bem, nos últimos anos, por alturas do S. Paio já se apanham e apreciam os primeiros; e no final de Setembro é rezar-lhes pela alma que os dióspiros já se foram!...
Como é, houve ou não mudança?
E isto que se está a passar na fruta será um indício do que acontece noutras áreas que, à primeira vista, nem são nada compatíveis? Claro que as mudanças tanto podem dar para adiantar como para atrasar...
Quando éramos miúdos, o carteiro chegava ao nosso canto e tocava a campainha ou a buzina da bicicleta e era certinho: carta ou encomenda, posta nos correios na véspera, ali estava. Trazia um selo de cavalinho a galopar. Os correios não tinham cor: os selos, conforme o seu valor, podiam apresentar coloridos diferentes no tal cavalinho; normalmente os sobrescritos eram brancos ou, quando muito, tinham umas riscas azuis e vermelhas para correio aéreo... Mas os correios não tinham cor, tinham pontualidade e zelo em servir o público.
Agora, é só ouvir: ele há correio azul, correio verde e até código postal e já com meio caminho andado. E o tal correio sem cor que servia o público e era eficiente, ao passar a ter cor e ao falar muito para dizer que agora tudo fazemos para o servir melhor, bem agora temos de ser nós a «buzinar» para forçar a chegada de carta, de jornal ou encomenda que tarda a nunca mais aparecer... (Se mudassem a cor para a do dióspiro, talvez então a mudança fosse para adiantar a chegada...)
Bem, o papel chegou ao fim...
[Não tem nada a ver com o que está acima, mas já agora espero que o blogue também mude de cor e de corpo da letra para facilitar a vida aos que vão tendo a vista curta.]
Manuel