domingo, 20 de agosto de 2006

Um poema de Sophia

Sophia de Mello Breyner Andresen
:: O ESCULTOR E A TARDE No meio da tarde Um homem caminha: Tudo em suas mãos Se multiplica e brilha. O tempo onde ele mora É completo e denso Semelhante ao fruto Interiormente aceso. No meio da tarde O escultor caminha: Por trás de uma porta Que se abre sozinha O destino espera. E depois a porta Se fecha gemendo Sobre a Primavera.
In O Cristo Cigano

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