com Bento XVI
O Papa tem hoje um encontro com cerca de 300 mil pessoas que integram os chamados novos movimentos eclesiais, três dias depois de os ter chamado à obediência. Na Praça de S. Pedro, no Vaticano, membros desses grupos oriundos de todo o mundo (incluindo algumas centenas de portugueses) celebrarão com Bento XVI a vigília do Pentecostes, uma das mais importantes festas da Igreja Católica.
No encontro, estarão católicos que integram grupos como o Opus Dei, os Neocatecumenais, os Focolares, Comunhão e Libertação ou Renovamento Carismático Católico. Estes e outros movimentos são conhecidos por acentuarem a sua ligação ao Papa e por sublinharem aspectos como os princípios da moral tradicional católica.
Também participam na iniciativa grupos como a Comunidade de Santo Egídio, envolvida no processo de mediação da paz em Moçambique e que acentua a dimensão de acção social da Igreja e do apoio aos mais pobres (um directório publicado em Novembro de 2004 pelo Vaticano regista já 123 associações diferentes de carácter internacional).Apesar da importante ligação ao Papa - ou por causa dela -, têm surgido tensões entre alguns destes grupos e os bispos diocesanos um pouco por todo o mundo.
Em causa está, muitas vezes, o poder que alguns movimentos acabam por tomar nas paróquias e comunidades locais, marginalizando quem não faz parte do seu grupo.
Texto de António Marujo, no Público
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