"Ao trazer as questões sociais para o discurso foi uma forma muito boa de celebrar o 25 de Abril" - disse à Agência ECCLESIA o Pe. Lino Maia, Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), em relação ao discurso do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Ao apelar aos políticos, autarcas, responsáveis das organizações e sindicatos para um "compromisso cívico", o Presidente da República mostrou "que está preocupado com a realidade social do país" - sublinhou o Pe. Lino Maia. E acrescenta: "pela primeira vez, as Instituições de Solidariedade foram lembradas no dia 25 de Abril".
Ao propor o compromisso cívico, Cavaco Silva quer que a "justiça social seja uma prioridade". A inclusão social é fundamental porque "não há verdadeira economia sem esta vertente". Ao fazer referência às IPSS foi uma "forma de nos dar alento" até porque "80 por cento das respostas sociais são feitas pelas instituições de solidariedade".
O Presidente da República deixou ainda mensagens especiais a sectores que considera mais frágeis, como os idosos, as crianças vítimas de abusos e as mulheres vítimas de violência doméstica. "É entre a população mais idosa que encontramos as mais preocupantes situações de exclusão" - disse.
Ao nível da concretização deste «compromisso», o Pe. Lino Maia salienta que "já existe um instrumento importante - o pacto para a solidariedade - mas terá de ser mais alargado". E acrescenta: "a classe do patronato terá de ser integrada neste compromisso cívico".
Para o Presidente da República, "é possível identificar os problemas mais graves e substituir o combate ideológico por uma ordenação de prioridades, metas e acções". A justiça social "não pode interessar apenas a um núcleo da sociedade portuguesa" - finaliza o presidente da CNIS.
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Fonte: Ecclesia