A Casa do Gaiato, em Coimbra, dá posse esta terça-feira ao primeiro conselho pedagógico-social para acompanhamento dos jovens, que será constituído, entre outros, pelo próprio director, o psicólogo e professores das casas, representantes dos jovens e ainda por duas personalidades exteriores à instituição de acolhimento, mas com ligação à Igreja.
Este formato procura pôr cobro a alguns problemas surgidos do facto da Obra de Rua, criada pelo Pe. Américo, ter um projecto pedagógico próprio, que nem sempre se encaixa na visão que os sucessivos governos têm para esta área.
Em declarações à Agência ECCLESIA, Lages Raposo, membro da comissão criada há mais de um ano pelo Governo para acompanhar a situação na Casa do Gaiato, garante que as mudanças em curso "estavam a ser preparadas há meses e nada têm a ver com os casos noticiados mais recentemente".“As pessoas que estão a ser integradas neste Conselho já lá estavam, quase todas, apesar de se estar a alargar a presença externa”, acrescenta.
As Casas do Gaiato nasceram da intuição da necessidade sentida pelo Padre Américo Monteiro de Aguiar, visitador dos pobres e dos bairros degradados.
A finalidade de cada Casa do Gaiato é acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens que, por qualquer motivo, se viram privados de meio familiar normal.
O novo modelo procura respeitar a intuição original do Padre Américo, dando-se como exemplo o facto dos “maioriais” (gaiatos mais velhos) estarem presentes no conselho pedagógico-social, na linha do regime de “autogoverno” preconizado pela Obra.
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Fonte: Ecclesia