Vidas mornas, sem sentido nem compromisso, são vidas que não satisfazem, porque têm objectivos curtos; o Homem sonha e compromete-se.
São pois, inadmissíveis na sociedade, os que não tomam posições, os que se deixam arrastar, os que não admitem pensar e decidir por si; e, os que não sonham, correm o risco de não avançar e de impedir outros de abrir e percorrer horizontes grandes e elevados.
Quando Jesus passou por um grupo de homens de trabalho, comprometidos com a família e com a construção honesta da sociedade, pelo seu trabalho, suscitou outro estilo de vida; provocou a mudança; e eles logo deixaram os barcos e as redes e aceitaram construir, com o Mestre, um mundo diferente.
Aderir a Jesus Cristo e à Sua Palavra, é aceitar outra vida; é querer sair do quente-morno que só cria e alimenta a preguiça; cria dependentes e gera pobrezas de toda a ordem.
Há por aí quem queira subir, arriscando? Há por aí quem aceite a coragem de deixar para, mais livre e leve, poder dar, dar-se e ficar mais rico? Só quem dá é que recebe; só quem faz caminho de subir é que desfruta paisagens.
O tempo não é tudo, mas é muito importante, apesar de breve e fugaz.
Vivê-lo com densidade, compromisso e sonho evangélico, é pô-lo na verdadeira dimensão; é aceitar mudar, com coragem e, com o Mestre, construir mundos de Felicidade.
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In "Diálogo", 1058 - III DOMINGO COMUM - Ano B