Como é público, estamos em pré-campanha para as eleições presidenciais. O Presidente da República, qualquer que venha a ser, tem de ser o Presidente de todos os portugueses. Mas para isso, a meu ver, tem de se comportar como pessoa impoluta e com capacidade, elevada ao máximo, para saber respeitar toda a gente. E se o não demonstrar nesta fase, é bem possível que, uma vez sentado na cadeira presidencial, não consiga receber o respeito de todos os seus e nossos compatriotas.
Eu sei que as campanhas eleitorais são, por norma, muito aguerridas e às vezes até ofensivas, mas logo tudo se esquece. Não devia ser assim, até porque já vivemos em democracia há tempo bastante para aprendermos a ser correctos em todas as circunstâncias da vida. E como a acção política é uma acção nobre, mais razões há para os políticos se comportarem com dignidade, antes e depois de assumirem o poder.
Isto vem a propósito de alguns candidatos ao mais alto cargo da Nação se comportarem como crianças mal-educadas. Passam a vida a dizer mal dos outros cadidatos, esquecendo-se que os eleitores só querem conhecer os seus projectos e as suas propostas de actuação.
Por que motivo não falam só de si e das suas ideias para o País? Por que razão perdem tempo com a maledicência e com acusações ridículas, não apostando, antes, numa campannha pela positiva?
Fernando Martins