quarta-feira, 2 de novembro de 2005

COMISSÃO DESACONSELHA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS

Parecer apresentado hoje ao Ministério da Educação
Um relatório da comissão coordenada pelo psiquiatra Daniel Sampaio, apresentado hoje ao Ministério da Educação, conclui que as escolas do ensino básico e secundário devem revitalizar os seus currículos sobre educação para a saúde, incluindo a educação sexual, em vez de criarem um nova disciplina. "A educação sexual deve deixar de ser fragmentada e deve ser integrada na educação para a saúde", afirmou Daniel Sampaio em conferência de imprensa, defendendo que cabe à escola e ao Ministério da Educação (ME) a responsabilidade de dar uma nova vida aos currículos sobre a matéria para diminuir os comportamentos de risco dos jovens. O objectivo desta "dinâmica curricular" é diminuir comportamentos de risco e colmatar lacunas de conhecimento dos jovens sobre educação para a saúde.
A comissão - criada em Junho pelo ministério para avaliar e propor soluções para o conteúdo dos programas de educação sexual nas escolas - propõe que a alteração dos currículos escolares seja feita em algumas escolas já este ano lectivo.
De acordo com António Ramos André, adjunto da ministra da Educação, a tutela deverá dar uma resposta a este relatório preliminar até ao final deste mês.
O grupo de trabalho recomenda também que o ME termine, até ao final do ano, os protocolos que mantém com a Associação para o Planeamento da Família, o Movimento de Defesa da Vida e a Fundação Portuguesa A Comunidade contra a Sida. Estas três organizações não governamentais têm assegurado nos últimos anos a introdução da educação sexual nas escolas, mas Daniel Sampaio defende que "é a escola que deve assumir a responsabilidade, porque os professores estão mais perto dos alunos".
(Para ler todo o texto, clique PÚBLICO)

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