segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Um texto de Alexandre Cruz, do CUFC

Posted by Picasa Alexandre Cruz, do CUFC Uma fronteira de justiça e Paz
ESTADO LAICO, MAS UMA SOCIEDADE DE PESSOAS COM SONHOS, TRADIÇÕES, CULTURA
1. O fundamental separar das águas
“A César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Eis a resposta sábia de Jesus, manifestação da vontade visionária de Deus em Pessoa que proporciona ambiente para a essencial liberdade religiosa nas sociedades. É um separar das águas que Cristo propõe diante da malícia da interpelação apresentada pelos matreiros fariseus que Lhe armavam a cilada. Perguntar se “é lícito ou não pagar tributo a César” e aguardar silenciosamente a resposta do Senhor, sabendo que não podia dizer nem “sim” nem “não” é, o que poderíamos chamar de, colocar à prova a inteligência de Deus. Num quadro de abordagem ao estudo das relações entre Religião e os Estados, numa compreensão purificadora das sociedades teocráticas entre Serviço Religioso e Serviço Político (não dizemos Poder, pois só Deus pode tudo!), esta tem sido uma das passagens mais estudadas da Escritura. Cristo inaugura um tempo novo, a fim de haver lugar para todas as convicções de consciência na vida social. Ou seja: ‘cada coisa no seu lugar’, mas todas as realidades da ordem do espiritual dando também o seu contributo à vida da sociedade.
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2. Futuro, na corresponsabilidade pelo bem comum
Ao lançarmos o olhar sobre os séculos de história escrita ou sobre os extremismos que persistem na história humana, dos políticos aos religiosos, das ditaduras que impedem ambientes de liberdade e dignidade humanas, aos fundamentalismos religiosos que impedem o acesso purificado ao Rosto Belo de Deus…então apreciamos a maravilha que Cristo hoje nos oferece no Evangelho. A Sua Escola é o serviço, o Seu exemplo é dar a vida pelo bem de todos. Foi há dias apresentado o Relatório Internacional sobre a Liberdade Religiosa no Mundo (o ideal que Deus mais aprecia). O panorama continua bem complicado! Numa maturidade que a Humanidade procura, nem deve haver imposição de Religião, nem a liberdade deve ser usada como argumento (onde estamos no ocidente laicista da rejeição) a ponto de querer banir da vida pública a convicção profunda das pessoas. Perguntemo-nos: Como vão os valores humanos /educação?
: 3. FERMENTO, é a palavra do equilíbrio
Tal como na massa, assim o fermento comparado ao CRISTÃO NA SOCIEDADE, deve ir persistindo e semeando os valores mais nobres até ao Evangelho. O mundo actual, mesmo o que nos rodeia, porventura (em dimensões que vamos vendo e num certo atraiçoar da autêntica “liberdade”) quase que tem alergia à transferência da visão pessoal da vida para o bem comum. É por isso que ao cristão de hoje o desafio é SER FERMENTO. Como vai a qualidade do nosso fermento? Actuamos ou deixamos que o mundo aconteça? Cuidado que entretanto já pode ser tarde…

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