

SEJAMOS GENEROSOS, HOJE E SEMPRE
Celebra-se hoje, em todo o mundo católico, o DIA MUNDIAL DAS MISSÕES. Trata-se de uma excelente oportunidade para todos os crentes reflectirem sobre as necessidades espirituais, sociais, culturais e económicas de milhões de seres humanos espalhados pelo mundo.
Quando se fala de Missões, logo associamos a esta palavra imagens, repetidas imensas vezes desde a nossa meninice, de pretinhos em conversa com padres e freiras, junto de palhotas que indiciam enormes carências. A pobreza material, a doença e o analfabetismo, que estão indissociavelmente ligados às Missões de tempos recuados, perduram nos nossos dias, apesar do grande esforço oferecido que inúmeras instituições cristãs envolvidas nas tarefas eclesiais e noutras. E se assim é, há que enfrentar, com mais determinação, a aposta nas Missões, na certeza de que estaremos a contribuir para a construção de sociedades mais justas e mais fraternas.
Eu sei, todos sabemos, que é difícil deixar as comodidades a que estamos habituados, mas também não ignoro que há sempre alguém que tem a coragem de deixar tudo para se dar aos outros, em terras onde a fome de pão e de Deus são realidades palpáveis, em tempos em que uns têm tudo e outros vivem na miséria mais terrível. O casal Maria Emília e Manuel Carvalhais, a que me referi um dia destes, é um exemplo extraordinário dessa doação aos que mais precisam.
De qualquer forma, penso que na retaguarda poderemos fazer muito mais, ajudando quem se dedica a tempo inteiro aos mais carecidos de tudo.
Por outro lado, não podemos ignorar que a fome de pão e de Deus também existe entre nós, no nosso País, nas nossas cidades, vilas e aldeias. E também, certamente, na nossa rua.
Hoje é dia de partilharmos um pouco do muito que temos com os que nada têm. Sejamos generosos, hoje e sempre.
Fernando Martins