A expectativa que rodeia o encontro de Bento XVI com os jovens de todo o mundo, na XX Jornada Mundial da Juventude (JMJ), não faz esquecer a herança de João Paulo II, “mentor” deste encontro de jovens. As Jornadas Mundiais foram uma das grandes marcas da segunda fase do pontifica do Papa Wojtyla, levando a uma escala gigantesca um modelo experimentado em Taizé.
As JMJ são a maior e melhor expressão de uma religiosidade em movimento, um património do catolicismo presente nas grandes peregrinações que, desde sempre, marcaram a vida da Igreja e dos seus fiéis.
Os peregrinos reúnem-se em volta do Papa mas, apesar das críticas de “idolatria” à figura do Papa, a JMJ é mais do que esse encontro – Bento XVI, como João Paulo II, congregará os peregrinos, é ele próprio um peregrino especial e será aquele que enviará os peregrinos de volta para os seus locais de origem, com uma missão nas estradas do mundo.
A “crise” em que a vivência religiosa mergulhou na Europa pode ter um momento importante de resposta neste encontro de Colónia, como aconteceu em Paris. A última festa de Wojtyla será, certamente, um grande apelo à renovação e à conversão de todos aqueles que se perderam pelos caminhos do secularismo e da indiferença.
Octávio Carmo
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