Estou convencido, tal como afirmou há dias Mário Soares, de que a História "nunca dará razão a Álvaro Cunhal". Quer isto dizer que o fracasso do modelo de socialismo inspirado pela União Soviética, e exportado para os países satélites, foi de tal forma notório que não parece susceptível de mobilizar, no futuro, a militância da maioria daqueles que, genuinamente, se batem por sociedades mais justas.
A leitura "dinâmica" que o PCP de Álvaro Cunhal sempre fez do marxismo-leninismo nunca responsabilizou a ideologia pelos fracassos da realidade. No limite, quando não era possível negar a evidência, culpava-se o elemento humano. E quando aconteceu o colapso final, no início da década de noventa, o PCP concluiu que o "desastre" se ficava a dever "não a socialismo a mais, mas sim a socialismo a menos".
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