A eleição de um Papa obedece a rituais muito simples e precisos, cheios de uma solenidade muito própria pelo gesto e pelo peso das decisões tomadas pelo Conclave. O próximo inicia-se a 18 de Abril, com os Cardeais a tomarem Deus e os Evangelhos como sua testemunha num juramento de “segredo absoluto” sobre todos os procedimentos que ali irão ter lugar.Apenas dois dos Cardeais Eleitores foram criados por Paulo VI e participaram em anteriores Conclaves: o Cardeal alemão Joseph Ratziner e o Cardeal norte-americano William W. Baum. A inexperiência não servirá como entrave ao processo, previsto até ao mínimo pormenor na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, assinada por João Paulo II em 1996.Os eleitoresEntram em Conclave para eleger o Papa apenas os Cardeais que não tenham já cumprido 80 anos de idade. De qualquer modo, o número máximo de Cardeais eleitores é de 120, fixado por Paulo VI e confirmado por João Paulo II.Actualmente há 117 Cardeais eleitores e apenas dois não participarão no Conclave – o Cardeal filipino Sin e o mexicano Suárez Rivera -, por motivo de doença. A legislação da Igreja promove, de facto, a participação de todos: o Conclave só se pode iniciar pelo menos 15 dias depois da morte do Papa.No Conclave estarão representados os 5 Continentes: Europa – 58 Cardeais eleitores; América Latina – 20; América do Norte – 14; África – 11; Ásia – 10; Oceânia – 2. O país com mais Cardeais eleitores é a Itália (20), seguido dos EUA (11); Alemanha e Espanha (6 cada); França (5); Brasil (4).Se um Cardeal tivesse recusado entrar no Conclave, não poderia ser posteriormente admitido no decorrer nos trabalhos. O mesmo não acontece se um Cardeal adoecer durante o processo da eleição do novo Papa.
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