A assembleia parlamentar do Conselho da Europa recusou na quarta-feira um projecto de resolução sobre o "fim da vida" apresentado pelo parlamentar suíço Dick Marty, o qual solicitava que se estudassem as experiências de eutanásia legal da Bélgica e Holanda, para, segundo a resolução, evitar que as práticas clandestinas se difundam pela Europa.
O texto preconizava igualmente que se evite o "encarniçamento terapêutico" com os doentes terminais. O projecto foi recusado por 126 votos contra e apenas 58 a favor, no final de um debate confuso, durante o qual foram apresentadas mais de 70 emendas.
A rejeições do projecto de resolução foi uma surpresa, embora a elaboração do texto e do relatório que o acompanhava estivesse mergulhada em polémica desde o primeiro momento, dadas as diferentes posições defendidas pelos cinco grupos parlamentares.
A eutanásia é crime em todos os países membros do Conselho da Europa, excepto na Bélgica e Holanda.
O projecto foi apresentado juntamente com um relatório da Comissão de Assuntos Legais e Direitos humanos, assinado pelo britânico Kevin McNamara, o qual assinalou que "liberalizar a eutanásia seria um primeiro passo para o reconhecimento do direito a matar".
O Bispo Elio Sgreccia, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, já manifestou a sua satisfação perante a decisão do Conselho da Europa.
Fonte: Ecclesia