sábado, 5 de março de 2005

NOVO GOVERNO alimenta esperança num futuro melhor

Saindo do maior sigilo de sempre, em Portugal, José Sócrates anunciou ao País as suas escolhas ministeriais. Oito ministros vieram do PS e outros tantos são independentes. Apenas duas mulheres fazem parte do elenco. Mas a maior curiosidade está na escolha de Freitas do Amaral, um dos fundadores do CDS, para a pasta dos Negócios Estrangeiros, área que conhece muito bem, ou não tivesse sido presidente da Assembleia Geral da ONU. Outra curiosidade está no facto de 50 por cento dos ministros serem professores universitários. É, ainda, um dos mais pequenos Governos de sempre. Alguns ministros têm experiência governativa, ligada ao eng. Guterres, e até há quem já pertenceu ao PCP. Será, para muitos comentadores, um Governo sem grandes vedetas, mas suficientemente capaz de nos levar a alimentar a esperança em dias melhores. Nesta fase da vida nacional, acho que não temos o direito de ser derrotistas. Acho que devemos dar ao novo Governo, liderado pelo único político que conseguiu, no PS, uma maioria absoluta, o apoio indispensável para que possa tirar-nos do beco sem saída aparente, em que temos estado. Não se ganha nada em começar a dizer mal das escolhas do eng. Guterres. Se o PS lhe deu carta branca para formar um Governo credível e com capacidade para governar com competência, não podem nem devem os adversários iniciar ataques por tudo e por nada, só porque é bonito dizer mal. Urge cultivarmos um ambiente político responsável e sempre pela positiva. Isso não exclui a crítica na hora própria, mas com consistência. Também não gostei de ver, à direita e à esquerda, ataques a Freitas do Amaral, pelo simples facto de ter sido fundador e dirigente do CDS. Afinal, quem é que neste mundo, e em particular na política, não admite mudar de ideias? Não há tantos exemplos em vários partidos? F.M.

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