Fui um dos mais de 700 mil portugueses que assistiram de pé firme ao debate entre José Sócrates (PS) e Santana Lopes (PSD). Não para saber quem ganhava, ali, no confronto, porque isso, para mim, é irrelevante. A história está cheia de vencedores de debates que perderam eleições. Eu sei em quem vou votar, o mesmo acontecendo, decerto, com a grande maioria dos eleitores. Porém, mesmo assim, gostei de ver dois políticos que souberam contornar ou fugir às questões fundamentais com habilidade.
Começaram com a questão dos execrandos boatos e calúnias, que devia merecer uns curtos minutos, mostraram algum consenso na política fiscal, voltaram ao passado para justificar o atraso de Portugal, perderam tempo com questões menores e o essencial ficou esquecido. De Saúde, incentivos e estímulos à Economia, Agricultura, Europa, combate ao Fisco, novo Regime Fiscal, reforma da Administração Pública, Educação e Escolas, Justiça, Segurança, Desemprego, baixos Salários, Segurança Social e alternativas, Ambiente, Descentralização, Emigração e Imigração e Referendos, entre outros assuntos, pouco ou nada disseram de convincente.
Casamento de homossexuais, eutanásia, aborto, uniões de facto e clonagem, entre outras coisas marginais, que não aquecem nem arrefecem no contexto actual da grande maioria das preocupações dos portugueses, isso tudo é que os ocupou uma boa parte dos 90 minutos.
Para mim, foi um debate sem chama nem grande interesse, com os candidatos à defesa e com a lição estudada, fundamentalmente para fazerem passar as mensagens de que os seus partidos são capazes de ultrapassar as dificuldades. Contudo, diga-se, de passagem, que só convenceram os seus correligionários, em minha opinião. A guerra vai começar agora, na rua, nos comícios estudados ao milímetro. Só desejo é que não seja uma guerra suja, com ataques e insinuações dirigidos aos candidatos, que são, no fundo, gente honesta que dá o que pode e sabe, para bem de todos nós.
Fernando Martins
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