O Santo Padre continua internado na Clínica Gemelli, em Roma, mas o seu estado é considerado satisfatório, segundo anunciou o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls. "O Papa descansou bem, durante toda a noite e as análises laboratoriais que foram feitas mostram resultados satisfatórios", disse Navarro-Valls a um grupo de jornalistas, na entrada da Clínica, dando ainda a entender que João Paulo II poderá ficar "cerca de sete dias" no hospital, citando a sua experiência pessoal da gripe.
O internamento de urgência de João Paulo II no décimo andar do hospital foi sempre apresentado como uma "medida de precaução". Em declarações à Rádio Vaticano, Navarro-Valls tem assegurou que "não há motivos de alarme sobre o estado de saúde do Papa".
O Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, assegurou ontem que o Papa "estava a recuperar bem", posição reiterada pelo presidente do Conselho Pontifício para a Saúde, Cardeal Lozano Barrágan. Este último adiantou que os problemas respiratórios do Papa, que sofre de Parkinson, ficaram a dever-se ao facto de ele "não conseguir endireitar as costas", ficando com o diafragma e os pulmões apertados.
A laringotraqueíte aguda de que sofre João Paulo II significa que o aparelho respiratório está submetido a uma forte inflamação, que dificulta grandemente a respiração.
Entretanto, os bispos portugueses estão, neste momento, unidos em oração para que o Papa melhore o seu estado de saúde. "Pedimos a Deus o dom da saúde para ele", disse à Rádio Renascença D. Tomaz Silva Nunes, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, que exortou também todos cristãos a unirem-se nesta "atitude de confiança". "Confiança é a atitude que todos nós devemos ter, independentemente da evolução do estado de saúde do Papa, que é precário como todos nós sabemos, embora ele tenha uma capacidade enorme de ultrapassar estes achaques", assinalou.
Fonte: Ecclesia e Rádio Renascença