Um poema de MIGUEL TORGA
Êxtase
Terra, minha medida!
Com que ternura te encontro
Sempre inteira nos sentidos,
Sempre redonda nos olhos,
Sempre segura nos pés,
Sempre a cheirar a fermento!
Terra amada!
Em qualquer sítio e momento,
Enrugada ou descampada,
Nunca te desconheci!
Berço do meu sofrimento,
Cabes em mim, e eu em ti!
Monforte do Alentejo, 28 de Dezembro de 1968
In Diário XI
Sem comentários:
Enviar um comentário