Um barco divaga
sonolento
sob as ondas
redondas
do mar.
Um barco único,
minúsculo,
como uma estrelinha
brilhando
no imenso crepúsculo.
Um barco…
sem remos,
sem velas,
sem asas…
Um barco sereno,
como a brisa do mar.
Norberto Rosa
In Timoneiro,
Setembro/Outubro de 1980
sábado, 2 de agosto de 2025
Sortilégio da Montanha
Como homem do mar e da ria, pisando chão plano, sempre sonhei, desde menino, com a magia da serra. Anos e anos olhava para as silhuetas das montanhas, bem visíveis em dias claros, com sonhos de um dia sentir ao vivo a paz dos montes, rodeado do silêncio e da verdura da floresta virgem. Já crescido, recordo os meus primeiros contactos com a serra e senti muitas vezes, ao longo da vida, o sortilégio da montanha, onde vou quando posso. E o mais curioso é que, quando a visito, novas sensações me invadem a ponto de alimentar, nem sei porquê, projectos inviáveis de me fixar nos montes de vidas mais calmas e da tranquilidade absoluta que me aproxima de modo diferente do espiritual.
Nota: Escrito há anos.
PÁRA E PENSA - Como sabem os crentes que "Deus falou"?
Crónica semanal
de Anselmo Borges
Como sabem os crentes que Deus falou?
É-me por vezes difícil e até penoso ter de participar em certos debates sobre a fé e a ciência. Porque os cientistas têm frequentemente a ideia de que a fé tem a ver com umas crenças indiscutíveis, porque cegas, em coisas e “verdades” abstrusas, de tal modo que quanto mais abstrusas mais religiosas e a fé seria tanto maior quanto mais cega.
A culpa nem sempre é deles, mas dos crentes que passam essa ideia. Pensa-se, de facto, de modo geral, que as religiões caem do céu, havendo até quem julgue que Deus revelou directamente verdades nas quais é preciso acreditar sem razões. Ora, não é assim nem pode ser. Tudo o que é autenticamente religioso é resposta humana a questões e perguntas profunda e radicalmente humanas. Resposta verdadeiramente humana.
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Experiência
Confesso que não gosto de rotinas. Penso que as rotinas são nocivas ao progresso. Daí o meu desejo de inovar. Se não resultar, haverá sempre soluções a caminho.
Fernando Martins
terça-feira, 29 de julho de 2025
Novo Pároco da Gafanha da Nazaré
Por questões de saúde, o Padre César Fernandes deixou a nossa paróquia e foi substituído pelo Padre Pedro Rafael Araújo Oliveira, por nomeação do nosso Bispo, D. António Moiteiro.
A Diocese agradece “toda a dedicação e zelo com que [Padre Pedro Rafael] desempenhou as missões que lhe foram confiadas até este momento”. Eu próprio testemunhei inúmeras vezes o seu trabalho e dedicação com que enfrentava a sua missão e causas.
Entretanto, o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, nomeou o Padre Pedro Rafael Araújo Oliveira, de 33 anos, natural de Aveiro, para liderar a paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, continuando o Padre Félix Nunes Bento como Colaborador Pastoral.
Como paroquiano, não posso deixar de agradecer aos sacerdotes que nos serviram com exemplar dedicação e saber, deixando marcas indeléveis em cada um de nós. Aos que vierem para a paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, formulamos votos de sensibilidade e paz, suportes de dedicação e amor.
FM
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