sábado, 13 de junho de 2020

Prémio Europeu para Tolentino Mendonça

  
O cardeal José Tolentino Mendonça venceu a edição deste ano do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, pelo seu contributo “excecional” enquanto divulgador da cultura e dos valores europeus, anunciaram este sábado os promotores. Os membros do júri frisaram que ficaram "impressionados com a capacidade que Tolentino  Mendonça demonstra ao divulgar a Beleza e a Poesia como parte do património cultural intangível da Europa e do mundo". E referiram a sua arte de comunicar multifacetada, quer através da  sua notável poesia, quer dos artigos de opinião publicados  na imprensa portuguesa e italiana.

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Verão sem festas

Parque Infante D. Pedro
Está visto e revisto que o próximo verão vai ser muito monótono sob o ponte de vista festivo. Os programas oficiais de autarquias e paróquias não contemplam festas. E sem elas, teremos de recorrer à imaginação para nos divertirmos sem ajuntamentos. Mesmo que as condições de saúde pública se alterem para melhor, o que será desejável mas difícil de prever, não haverá possibilidades de organizar as tradicionais festas, tanto de âmbito particular como de freguesia e concelhia, como regional e nacional. 
Nesse pressuposto, temos à nossa disposição e imaginação tempo para recrearmos os nossos lazeres de férias e de convívios, porque nem só de trabalho vivemos nós. Dentro do que será permitido, podemos enveredar por passeios, perto ou mais longe, viagens que nos permitam contemplar outros ambientes, pessoas e culturas, recorrendo aos nossos próprios meios para registar o que mais nos sensibilizou, porque não faltam plataformas digitais para tudo partilhar, numa troca frutuosa de gostos, os mais diversos e até acessíveis. E para além disso, há leituras para pôr em dia, músicas para recordar, filmes para ver ou rever, encontros familiares para nos sentirmos mais próximos, passeios sempre apetecidos. 
Boas férias para todos no próximo verão.

Fernando Martins

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Poesia de Daniel Faria

Para momentos de tempo livre




Os livros fazem parte natural dos meus momentos livres, em férias ou fora delas. É assim desde que me conheço como capaz de ler. É por isso que não posso dizer, com propriedade, que nada tenho que fazer. Ao lado das minhas obrigações, profissionais, familiares e outras, tenho os livros por salutares companheiros de jornada. 
Quando cheguei à Figueira da Foz para um período de algum afastamento do dia a dia na terra que me viu nascer, a minha primeira saída foi a uma livraria para apreciar as novidades. E desta vez, a novidade não seria assim tão atual, já que saiu, em primeira edição, em 2013. Trata-se de “POESIA” de Daniel Faria, com reedição de Abril de 2019, da responsabilidade da Assírio & Alvim. O cuidado da edição é de Vera Vouga que, em Confidência (Prefácio à Poesia de um poeta maior), traça um bonito perfil de Daniel Faria, utilizando frases e poemas do poeta que faleceu em 9 de junho de 1999, com apenas 28 anos, prestes a concluir o noviciado no mosteiro de Singeverga, vitimado por um acidente. 
Ter este livro, 458 páginas, à mão, para ser lido, poema a poema, sem pressas, que a poesia é alimento para saborear, é um prazer que não tem explicação. Os seus versos são preciosas vitaminas que animam o espírito, afastando dos nossos quotidianos tanta frivolidade... 
Como simples leitor, que pouco ou nada sei de crítica literária, aqui deixo uma modesta contribuição para quem gosta de ler. É uma simples opinião que vale o que vale para muitos, que não para mim. Alguns dos meus amigos saberão apreciar a poesia de Daniel Faria e talvez outros digam que isto nada lhes diz. 

Um poema de Daniel Faria 

Escolha minha para 

Lita, 
Aida 
Filipa 

MULHER 

Antes da noite 
Brunirás os montes 

Bordarás a chuva 
Tecerás o tempo 

Com as tuas lágrimas 
Lavarás o vento


Fernando Martins


Tolentino Mendonça - O que é amar um país

Dia de Portugal, de Camões
e das Comunidades Portuguesas

Cardeal Tolentino (Foto do meu arquivo)

O QUE É AMAR UM PAÍS

Agradeço ao senhor Presidente o convite para presidir à Comissão das comemorações do dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Estas comemorações estavam para acontecer não só com outro formato, mas também noutro lugar, a Madeira. No poema inicial do seu livro intitulado Flash, o poeta Herberto Helder, ali nascido, recorda justamente «como pesa na água (…) a raiz de uma ilha». Gostaria de iniciar este discurso, que pensei como uma reflexão sobre as raízes, por saudar a raiz dessa ilha-arquipélago, também minha raiz, que desde há seis séculos se tornou uma das admiráveis entradas atlânticas de Portugal.
É uma bela tradição da nossa República esta de convidar um cidadão a tomar a palavra neste contexto solene para assim representar a comunidade de concidadãos que somos. É nessa condição, como mais um entre os dez milhões de portugueses, que hoje me dirijo às mulheres e aos homens do meu país, àquelas e àqueles que dia-a-dia o constroem, suscitam, amam e sonham, que dia-a-dia encarnam Portugal onde quer que Portugal seja: no território continental ou nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, no espaço físico nacional ou nas extensas redes da nossa diáspora.
Se interrogássemos cada um, provavelmente responderia que está apenas a cuidar da sua parte – a tratar do seu trabalho, da sua família; a cultivar as suas relações ou o seu território de vizinhança – mas é importante que se recorde que, cuidando das múltiplas partes, estamos juntos a edificar o todo. Cada português é uma expressão de Portugal e é chamado a sentir-se responsável por ele. Pois quando arquitetamos uma casa não podemos esquecer que, nesse momento, estamos também a construir a cidade. E quando pomos no mar a nossa embarcação não somos apenas responsáveis por ela, mas pelo inteiro oceano. Ou quando queremos interpretar a árvore não podemos esquecer que ela não viveria sem as raízes.

Jesus chama os discípulos e envia-os em missão

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XI do Tempo Comum


Jesus chama os discípulos, após ter percorrido aldeias e povoados, ensinado nas sinagogas, pregado a Boa Notícia do Reino e curado enfermos. Desperta o interesse das pessoas que O seguem em multidão. O seu proceder era diferente do habitual entre os pregadores itinerantes, contrastava com a mentalidade predominante, preferindo a misericórdia ao sacrifício e o amor à lei e sua observância. 
Ao ver a multidão e sentindo compaixão por ela pois estava cansada e abatida, abandonada como ovelhas sem pastor, Jesus chama os discípulos pelo seu nome. São os Apóstolos, os DOZE. Mt 9, 36 e 10,1-8. São eles: Simão chamado Pedro, André, Tiago e João, filhos de Zebedeu, Filipe e Bartolomeu, Tomé e Mateus, o publicano, Tiago, filho de Alfeu e Tadeu, Simão, o Cananeu e Judas Iscariotes.
Que diversidade de pertenças e de situações sociais. E que grande iniciação lhes faz Jesus, antes de os enviar em missão. Depois o Espírito Santo se encarrega de prosseguir esta formação. Alguns exemplos facilitam o acesso a este labor. Os irmãos de sangue vêem as suas relações determinadas pelo fazer a vontade do Pai (Mt 12, 50); Mateus, de cobrador de impostos e colaboracionista do sistema administrativo romano torna-se discípulo e Apóstolo; Simão, o Cananeu, de um passado de zelota, de resistente armado contra os Romanos, de igual modo; Judas que de amigo vem a ser o traidor. (Manicardi).
Jesus revela o seu propósito original – o de dar início ao projecto de um relacionamento humano de iguais, onde se valorizem as diferenças e se promova a liberdade. A partir do seu grupo, esteios da Igreja e luzeiros da nova humanidade. Por isso, os envia em missão e lhes indica o mundo como horizonte, o serviço de libertação integral como acção concreta, a compaixão como atitude constante e solícita.
“Ide”, diz-lhes Jesus. Percorrei os caminhos da vida, entrai em casa de quem vos receber e proclamai a Boa Nova de que sois portadores.
O Papa Francisco no seu comentário afirma: “Se um discípulo fica parado e não sai, não dá aos outros aquilo que recebeu no Batismo, não é um verdadeiro discípulo de Jesus: falta-lhe a missionariedade, falta-lhe sair de si próprio para levar gratuitamente alguma coisa boa aos outros vindo”.
E o Papa continua: “Contudo, há outro percurso do discípulo de Jesus: o percurso interior, o percurso dentro de si, o percurso do discípulo que procura o Senhor todos os dias, na oração, na meditação. E conclui: Se não procurar continuamente a Deus, o Evangelho que leva aos outros será um Evangelho débil, diluído, sem força”.
Como “encaixamos” no nosso dia-a-dia estas indicações de Jesus? Que sentido lhes damos? Sentimos “o fogo” da missão, saímos da nossa zona de conforto e vemos com olhos novos as situações gritantes que nos rodeiam e nos chegam de toda a parte a pedir ajuda para aliviar a sua desumanidade?
Tolentino de Mendonça, cardeal madeirense que, no passado dia 10, presidiu às Comemorações do Dia de Portugal, diz na sua solene mensagem:
“Uma comunidade desvitaliza-se quando perde a dimensão humana, quando deixa de colocar a pessoa humana no centro, quando não se empenha em tornar concreta a justiça social, quando desiste de corrigir as drásticas assimetrias que nos desirmanam, quando, com os olhos postos naqueles que se podem posicionar como primeiros, se esquece daqueles que são os últimos. Não podemos esquecer a multidão dos nossos concidadãos para quem o Covid-19 ficará como sinónimo de desemprego, de diminuição de condições de vida, de empobrecimento radical e mesmo de fome. Esta tem de ser uma hora de solidariedade.”

Pe. Georgino Rocha

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Portugal é um país seguro

País seguro (Foto da rede global)
Segundo o Índice Global de Paz, Portugal é o terceiro país mais seguro do mundo. Subiu uma posição em comparação com o ano anterior. Em 2013, Portugal ocupava o 18.º lugar.
À margem da cerimónia de entrega de 224 novas viaturas à GNR, Eduardo Cabrita considerou aos jornalistas que, o facto de o país estar em “3.º, 4.º ou 5.º” não é importante, porque o que é “muito significativo” é que Portugal tenha vindo, “gradualmente, ano a ano, a consolidar esta imagem” de segurança".

NOTA: Um dado muito importante para quem nos visita ou pretende visitar, mas também para nós que prezamos a tranquilidade. E  já agora, importa continuar a valorizar esta componente, num tempo em que o turismo contribui para o nosso  equilíbrio económico e financeiro. 

O avião só descola...

"Quando tudo parece estar contra ti, 
lembra-te que é contra o vento, e não com o vento a favor, 
que o avião descola"

Henry Ford (1863-1947), norte-americano, 
fundador da Ford Motor Company

"Escrito na Pedra"  do PÚBLICO

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