sábado, 5 de maio de 2018

Artes no Canal - 1





Aveiro está no meu coração. Lá estudei, trabalhei, participei em inúmeras reuniões e cerimónias, convivi com amigos, assisti a espetáculos, apreciei exposições, frequentei livrarias. E, mais importante que tudo, conheci a Lita, minha companheira de toda a vida. Ultimamente, tenho passado por Aveiro a correr, sem vagar para olhar, com olhos de ver, as transformações que tem sofrido, em nome do progresso a vários níveis. 
Hoje, fiz questão de ir à cidade dos canais, animada por um projeto que tem por missão atrair pessoas, aceitar a onda do turismo, estabelecer convívios e criar dinamismos valorizadores da economia. Refiro-me, a Artes no Canal. 
O dia esteve lindo, próprio de festa, e os turistas, nacionais e estrangeiros, de linguajares bem patentes, encheram o centro citadino, com os moliceiros e mercantéis numa roda-viva, com apitos e cicerones a indicarem o que de mais importante se pode apreciar do meio dos canais. 
Cansado, mas satisfeito pelo que experimentei e apreciei, passei por ruas e ruelas há muito afastadas dos meus horizontes, vi esplanadas em cada canto, vi rostos que não via há muito, encontrei estabelecimentos modernos e outros puídos pelos anos, tirei fotografias e confirmei o peso que a moda da arte fotográfica tem nos tempos atuais. Máquinas fotográficas de alta resolução ao lado de smartphones que hão de levar gratas lembranças de Aveiro e seus canais, para mais tarde recordar. 

(continua amanhã)

Aveiro: Artes no Canal




Hoje, sábado, 5 de maio, terá lugar a edição dedicada à Cidade de Aveiro do “Artes no Canal” das 10.00 às 19.00 horas, integrando-se no programa que a Câmara Municipal de Aveiro organizou para assinalar o Feriado Municipal, que ocorrerá no próximo dia 12, também Festa de Santa Joana, padroeira da cidade e diocese de Aveiro.
Tenciono passar por lá para poder sentir o palpitar das gentes aveirenses, tão ricas a vários níveis, onde a cultura e a arte de conviver têm destaque no seu dia a dia.

Ver programa 

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Vieira da Silva na Biblioteca de Ílhavo

Vieira da Silva 
O livro "Marginal", de António Vieira da Silva, médico, poeta e cantor, vai servir de base à próxima sessão da "Comunidade de Leitores", na Biblioteca Municipal de Ílhavo, no próximo dia 24 de maio. Será uma boa oportunidade para conhecer um artista do nosso município, que merece ser mais divulgado.Para espevitar a curiosidade, aqui fica um poema, divulgado por Bibliotecas da Gafanha da Nazaré.

Escola

professor
não tenhas pressa

saí agora de casa
tenho a amarga sensação
de perda não sei de quê
de um regaço
de um abraço
que me ficou na memória

professor
não tenhas pressa
não sou um quadro vazio
já trago dentro de mim
os traços de outras viagens
imaginárias
reais
dos dias da minha história.


Vieira da Silva

O seu livro pode ser lido aqui

Fonte; Bibliotecas da Gafanha da Nazaré

Deus não é misógino

Anselmo Borges

"O problema essencial é mesmo este: o clericalismo e o poder, embora Jesus tenha proclamado a igualdade de todos e mandado que todos estejam ao serviço, sem servidão. Felizmente, Francisco vai repetindo que as mulheres devem ocupar lugares cimeiros para as decisões da Igreja, e o cardeal P. Parolin, secretário de Estado do Vaticano, disse recentemente que o seu sucessor poderia ser uma sucessora, uma mulher."


1. "Preocupa-me que continue a persistir uma certa mentalidade machista, inclusive nas sociedades mais avançadas, nas quais há actos de violência contra a mulher, convertendo-a em objecto de maus-tratos, de tráfico e de lucro, bem como de exploração na publicidade e na indústria do consumo e da diversão. Preocupa-me igualmente que, na própria Igreja, o papel de serviço a que todo o cristão está chamado deslize algumas vezes, no caso da mulher, para papéis que são mais de servidão do que de verdadeiro serviço." Quem o diz é Francisco, Papa.
A confirmar que esta preocupação tem fundamento está um texto recente, que não apareceu em nenhum jornal revolucionário, mas num suplemento do órgão oficioso do Vaticano, L"Osservatore Romano: "O trabalho (quase) gratuito das freiras", no qual várias irmãs, sob anonimato, se queixam: "Algumas servem nas casas de bispos e cardeais, outras trabalham na cozinha de instituições da Igreja ou desempenham tarefas de catequese e de ensino. Algumas, ao serviço de homens da Igreja, levantam-se pela manhã, para preparar o pequeno-almoço e vão-se deitar, depois de servir o jantar, limpar a casa, lavar a roupa e passar a ferro... Neste tipo de serviços, as irmãs não têm um horário preciso nem regulamentado como os leigos." E "raramente são convidadas a sentar-se às mesas que servem", perguntando uma das irmãs: "É normal para um consagrado ser servido deste modo por uma consagrada também?" Isto significa "muitas vezes que as irmãs não têm um contrato com os bispos ou as paróquias". Por isso, "o pagamento é baixo ou nenhum". Assim, como podem viver as comunidades a que pertencem estas irmãs? E o problema não é só de dinheiro: "Por detrás, há ainda a ideia de que a mulher - e nesta situação há inclusivamente irmãs doutoradas em Teologia - vale menos do que o homem, sobretudo que o padre é tudo enquanto a irmã religiosa é nada na Igreja. O clericalismo mata a Igreja." E, de repente, podem ser despedidas e reenviadas para a Congregação. Doentes, nenhum padre vai visitá-las. Mas, quando o padre vai rezar a missa às religiosas, "pede 15 euros. Por vezes as pessoas criticam as freiras, a sua cara fechada, o seu carácter... Mas, por detrás de tudo isso, há muitas feridas". O artigo conclui, dizendo que as experiências destas religiosas "poderiam transformar-se numa riqueza para toda a Igreja, se a hierarquia masculina as considerasse uma ocasião para uma verdadeira reflexão sobre o poder".

Amar sem condições prévias

Georgino Rocha

A ALEGRIA DO SENHOR É A NOSSA AMIZADE FRATERNA

A despedida última de pessoas amigas está sempre recheada de confidências, desabafos e recomendações. É humano, uma exigência do coração e da experiência de vida em relação. É humano, uma garantia de memória feliz no tempo de ausência e de privação. É humano, um elo de ligação entre quem parte e quem fica. É humano, é comunhão.
Jesus vive integralmente a sua humanidade. O ser quem é, Deus humanado, em nada o priva de desvendar horizontes novos ao homem/mulher, à relação interpessoal, à sexualidade humana, ao respeito e cuidado da criação e das criaturas. E como o rio que se mostra no caudal que corre para o mar e lança braços pela terra, originando enseadas e irrigando campos, Jesus faz-nos remontar à fonte primeira do amor, seiva nutriente da comunhão e de toda a relação humanizada. João, o discípulo amado, guia hoje a nossa reflexão na peregrinação a este manancial divino e a alguns dos seus rostos humanos, salientando atitudes fundamentais. (Jo 15, 9-17).

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Festa da Padroeira da Cidade e Diocese de Aveiro


ÍLHAVO - Concurso de fotografia



Nota: Vivemos na época do digital, onde pontifica a arte fotográfica. Nas redes sociais, há artista por todo o lado, o que torna mais luminosa a vida de muita gente. Muitos terão agora mais uma oportunidade de mostrar aquilo que valem. Este concurso pode contribuir, e muito, para revelar grandes sensibilidades.

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