sexta-feira, 17 de março de 2017

Transhumanismo e pós-humanismo (1)

Crónica de Anselmo Borges 
no DN


"Não se pode compreender nada actualmente, 
passando ao lado das revoluções tecnológicas."

Embora pouco debatido, está em marcha todo um projecto para modificar o homem, no limite, pensando até na imortalidade, e cientistas trabalham nele, com o apoio financeiro de grandes grupos, como o Google, que tem em Raymond Kurzweil, um génio informático, autor de The Singularity Is Near: When Humans Transcend Biology, o seu mais afirmado profeta. É, pois, relevante que o filósofo Luc Ferry, que já foi ministro da Educação em França, venha, numa obra exigente e pedagógica, La Révolution Transhumaniste, alertar para a urgência da reflexão sobre tão complexa temática: "Não se pode compreender nada actualmente, passando ao lado das revoluções tecnológicas."

1. O transhumanismo, explica Ferry, é um filho da terceira revolução industrial, a do digital e das NBIC: nanotecnologias, biotecnologias, informática, ciências cognitivas, isto é, ciências do cérebro e inteligência artificial. Tem três características fundamentais: a passagem de uma medicina terapêutica a uma medicina de "aumento", concretamente através da engenharia genética e da hibridação (um exemplo: mediante um implante, ficar com uma visão de águia); passagem do acaso à escolha, "from chance to choice", da lotaria genética a um eugenismo; o aumento da vida humana, lutando contra o envelhecimento e a morte (a Universidade de Rochester já aumentou em 30% a vida de ratos transgénicos). Numa palavra: avançar para "homens aumentados".

A água de Jesus sacia a nossa sede

Reflexão de Georgino Rocha


O encontro de Jesus com a samaritana contém uma riqueza admirável de ensinamentos. Pelo que mostra e pelo que simboliza. Para todos os tempos. Centrado nas sedes humanas, envolve outras dimensões pessoais e colectivas, conjugais e familiares, étnicas e religiosas, espirituais e transcendentes. Centrado em dois protagonistas – o judeu Jesus e a anónima samaritana – decorre em ambiente de diálogo pedagógico esclarecedor. Quem necessita passa a dar ajuda e quem dispõe de meios acolhe os que lhe são oferecidos. João, o evangelista encenador e narrador do episódio do poço de Jacob, em Sicar da Samaria, elabora uma excelente catequese que a Igreja integra na preparação dos candidatos ao baptismo, início da vida cristã. (Jn 4, 5-42).
Era cerca do meio dia, hora avançada para quem madruga. Jesus anda em missão pelas terras áridas da Samaria. Sente-se cansado e aproxima-se de Sícar. Senta-se à beira do poço de Jacob. Fica só, pois os discípulos vão à procura de alimento à povoação. A paixão do anúncio da novidade de Deus “assalta-lhe” o coração. Ergue o olhar e vê uma mulher que vem com um cântaro vazio. O encontro pressentido e desejado vai acontecer, embora seja preciso cautela prudencial. “Dá-me de beber” é a saudação inicial que soa muito estranha ao ouvido daquela mulher. E a réplica tem algo de censura: Tu, judeu, atreves-te a fazer pedidos a uma samaritana? Jesus avança com uma proposta de sentido diferente e garante-lhe: “Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que que te diz: “Dá-me de beber, tu é que lhe pedirias e Ele te daria água viva”.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Márcio Walter: Minhas andanças por Portugal

Texto e fotos partilhadas por Márcio Walter 

Márcio Walter e Fernando Martins na Costa Nova
O título do livro “Viagens na minha terra”, de Almeida Garrett, sempre me chamou a atenção por dois motivos: a ação (viagens são coisas que sempre gostei de fazer desde pequenino) e o lugar (“na minha terra”). Obviamente, Garrett falava sobre sua jornada entre Lisboa e Santarém, dentro do Portugal do século XIX, num período de guerra entre liberais e miguelistas. Todavia, no meu imaginário, essas viagens seriam atemporais e sem dissensões. 
Como bisneto de portugueses por ambas as partes de minha família, Portugal sempre foi uma memória presente para mim – memórias tidas por outros num passado próximo e contadas por terceiros que as narravam vividamente como se tivessem feito parte delas. Daí, minha sensação de que as terras das quais Garrett falava também eram minhas. Por isso o desejo de um dia entrar num comboio (ou trem, como dizemos pelas bandas de cá do Atlântico) e de sua janela observar os olivais, o mar português, os rios, os montes e as casas cujas imagens se pintavam em minha memória-fantasia desde a mais tenra infância. 

Márcio em Lisboa
Em dezembro de 2015, devido a uma pesquisa genealógica iniciada no ano anterior, pus os pés sobre o solo lusitano pela primeira vez. Quão maravilhosa a sensação de sair do aeroporto e sentir a frescura do ar invernal de Lisboa, o lugar que serviu de modelo para a criação da minha cidade natal de São Salvador da Bahia. Caminhar pelas pedrinhas brancas da calçada, subir e descer ladeiras de pedras negras, olhar ao lado e ver a arquitetura barroca das igrejas e casas, escutando o som do fado vindo de algum lugar, me fez sentir em casa duas vezes. Pois, ali, eu via a imagem de minha própria terra americana fincada no continente europeu e ao mesmo tempo revivi as fantasias criadas no tempo de miúdo quando as histórias de meus antepassados me eram contadas. Lisboa, então, começaria a ser o sítio de chegada e partida, porque muito mais se há de ver por esse país geograficamente pequeno, mas absolutamente grandioso em sua história, sua cultura e seu povo afável, acolhedor e de espírito inquebrantável.

Márcio em Coimbra
Não fiz o percurso de Garrett, minha primeira parada depois de Lisboa, ao contrário de ser Santarém, foi Coimbra, a cidade em cuja universidade a grande parte dos poetas e intelectuais brasileiros tinham estudado desde o século XVII. Ouvir anunciar no autofalante que era a “próxima paragem Coimbra B”, fez com que meu corpo sentisse um choque de excitação. Descer à rua, ver a torre Cabra cortando o céu no alto da colina, sentir a brisa que subia do Mondego, ouvir as vozes e o sotaque pelo caminho, era muito melhor do que ver o país apenas da janela do comboio – essas paisagens vistas de longe e como observador apenas deixei-as para os pequenos lugares por onde passei a caminho de Figueira da Foz, Conimbriga, Foz de Arouce, Arganil ou Lousã, esses sítios outrora afastados de mim e ao mesmo tempo tão próximos, quer fosse pela genealogia, quer pela beleza e significado de cada um -, porque em Portugal o que vale mesmo é saltar fora do trem ou dos autocarros e viver cada sítio, cada meia de leite com tostas enquanto moradores locais, sempre muito receptivos aonde eu fui, conversavam comigo e me contavam suas histórias e eu descobria as minhas. 
Coimbra, muito além de ser um lugar de minha própria ancestralidade, é também o parque, os mosteiros, as ladeiras e a gente bacana com quem se toma um café à Portagem e se vê o pôr do sol entre conversas amistosas, aliás, não só Coimbra. 

Márcio em Aveiro, Costa Nova  e praia
Lembro de fazer o mesmo sentado em frente à Ria de Aveiro, observando o vai e vem dos moliceiros coloridos sarapintando a paisagem com cores que não eram muito distantes daquelas da Costa Nova, cujas casas são uma atração à parte. Sentando ao cais de onde vemos a imensa ria de um lado e a arquitetura vibrante de outro – onde mais se pode sentir em dois mundos tão diferentes e de forma tão única? Onde se tem a natureza refletida na areia de cor bege, na água clara molhando os pés próximo aos antigos/renovados palheiros ali mesmo ou um pouquinho mais adiante na Barra ou pelo píer da Vagueira e pelos restaurantes de enguias fritas ou stands de tripas recheadas com ovos moles. Ali mesmo em Aveiro se pode deixar o coração e a alma repousando serenos, vendo a água chegar à praia onde antigamente os bois puxavam a pesca.
Minhas andanças por Portugal geralmente se fixam entre Aveiro e Coimbra por conta das pesquisas que faço, mas obviamente Portugal se estende muito além desse eixo. Por exemplo, não muito longe dali, encontrei a Ribeira onde as famosas tripas do Porto são servidas com o vinho suave e os transeuntes se reúnem aos montes para ouvir cantores que fazem seus shows ao ar livre aos pés da Ponte Luís I. À qual também se pode subir e observar o D’ouro correr livre sob nossos pés enquanto a ponte treme com o trem que passa. A linda, antiga, mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto, sua história de resistência e lealdade encerrada naquelas muralhas e prédios centenários, as vinhas e os barcos cortando o longo e antigo rio, isso, para o turista de olhar encantado (e quem não se encanta?!) não é nem de longe apenas mais uma paisagem nas muitas fotografias e selfies obrigatórios, mas uma lembrança que se gruda ao espírito para nunca se esvanecer. 
Caminhar por aquelas ruas nos traz uma sensação de transposição no tempo e no espaço, um lançar-se em algum lugar onde o sonho e a história se confundem. Onde tudo no resto do mundo parece ser sombras. 

Márcio no Porto 
A cidade do Porto pela qual me apaixonei num dia de domingo, parece mesmo ser daqueles lugares que aguçam a fantasia e inspiram poetas e soldados, racionais e emotivos. O Porto tem seu charme, sua mágica sedutora como as notas da música triste que soa pelas esquinas e nos restaurantes famosos. Entretanto, em Portugal se vai de encanto em encanto, de fascinação em fascinação por entre os diversos outros lugares no país de Florbela Spanca. 
Ver-me às portas de Braga, seus santuários, seu Bom Jesus do Monte e as escadarias que o cortam num zig-zag de beleza única, como únicos são seus jardins espraiando-se ao longo das ruas do Centro, não é inferior a nenhum outro lugar que no país dos lusos eu tenha visitado – cada lugar é único e igualmente diferente. Cada cheiro (sim! Há cheiros em Portugal que me pareceram peculiares), cada lufada de vento, cada praça com sua igreja central de campanários antigos nos faz remontar na história e nas eras, nos levando ao caminho de onde outrora se passava devagar a pé ou no lombo de animais e agora velozes como nos poemas de Álvaro de Campos. Portugal tem de tudo um pouco (ou muito)! 

Márcio em Viana
Como nos lembra a estátua postada em frente a ponte sobre o Rio Lima, com os touros, que aravam o chão, ajudando os camponeses em sua lida a cujo redor estão carros e buzinas e música cortando o ar da vila mais antiga do país. Lá, onde o Santo Antônio multicolorido abençoa seus habitantes e de onde podemos chegar rapidamente a um outro lugar santo, à capela da Senhora de Castro, de onde se vê correr o Rio Lima a desembocar no mar, passando por entre casas e bosques e bancos de areia da linda e acolhedora Viana do Castelo. Quem não se emociona com aquela visão estonteante a partir da igreja de Santa Luzia, a ver o mar, a terra, a floresta se abraçarem num amor profundo? 
Passear por Portugal para mim é como fazer uma viagem em quatro dimensões: emocional, cultural, histórica e linguística. 
Não é necessário dizer aqui o porquê da história, pois esta mesma se manifesta em cada casa, em cada rua, em cada aldeia, pois quem anda pelas ruas seculares logo a percebe, mesmo sem os olhos abertos. 
A cultura, por sua vez, manifestada na sua culinária única - do bacalhau aos doces, da ginjinha ao vinho do Porto, e tripas e chanfana e arroz de tamboril. E nas cavacas arremessadas da capela de São Gonçalinho, em Aveiro, numa demonstração da fé imortal de um povo fervorosamente religioso, a sair em procissão pelas ruas nos dias santos, invocando seus deuses e heróis e mártires ao estilo romano. Mas não só nisso! O que não dizer dos trajes e danças típicos de Viana, dos Açores, da Madeira e do orgulho estampado nos rostos dos que fazem e dos que veem a sua tradição recontada?!
A emoção que se sente é de excepcional profundidade por motivos que ultrapassam a explicação. E não para simplesmente por aí pelas demonstrações da alma desse povo, mas se propaga pelas risadas ao escutarmos palavras tão corriqueiras dos discursos diários que para nós, falantes do português americano, têm sentido totalmente diverso e que nos arrancam as gargalhadas sob o olhar atônito de nossos interlocutores. Vocábulos tais quais “rapariga”, “cu”, “puto” e “biscate” fazem os brasileiros, mesmo divertidos, corarem dependendo do caso. Pois ao fazerem o tal Acordo Ortográfico, não levaram em conta a semântica. 
Em Portugal, aprendi um novo português, retomei palavras de vocabulário visto apenas em livros, tive de tomar cuidado com expressões comuns a ambos os nossos portugueses (europeu e americano), mas que para vós vos fazem corar. Sigo, entretanto, a ter dificuldades em usar o “tu”, uma vez que na minha comunidade linguística de Salvador da Bahia o utilizamos apenas para nos referirmos a Deus em oração (“você” é o que usamos informalmente. Formalmente dizemos “o senhor/a senhora”). Seja tal qual for, como disse o Caetano Veloso com ecos do Pessoa: “Gosto de sentir minha língua roçar a língua de Luís de Camões (...) minha pátria é minha língua”.
Só mesmo visitando, fazendo viagens nessa “minha” terra, agora fixada para sempre em meu coração, é que se pode entender - de forma pessoal e única – toda a extensão do que é estar em Portugal, do que significa tomar um café à beira do Tejo enquanto se come um pastel de Belém (ou em qualquer outro sítio, com qualquer nata, ovos moles, bolas de Berlim!). Andar em Portugal, para mim, é redescobrir o ar de admiração, o coração bater apaixonado e a beleza dos dias passando leves.

Ver blog do Márcio aqui 

oooooooooooooooo

NOTA: Há encontros pessoais providenciais. Surgem quando menos se espera e ocorrem ao sabor da maré. Uns terminam levados pelas ondas e outros ficam na praia abertos ao diálogo. Foi assim  com Márcio Walter que veio do Brasil à procura dos seus ancestrais, oriundos da terra dos ílhavos e da banda da  Lusa Atenas. E bateu à minha porta e o diálogo franco aconteceu. Umas pistas para achar os Rocha-Carolas, que os há em abundância aqui à nossa porta. E Márcio calcorreou o que era necessário. E achou o que procurava.
Jovem viajante do mundo, conhece terras e gentes de cada canto da Europa. Porventura de outros continentes, a partir do seu Brasil, país que foi filho e há muito virou irmão de Portugal.
Por aqui  fez amizades, partilhou   conhecimentos, descobriu a nossa cultura, o nosso linguajar, as nossas tradições. Ficou fascinado pelas paisagens lusas, leu os nossos clássicos, respirou os ares marítimos e serranos deste país à beira mar plantado,  saboreou os nossos petiscos, sentiu o inverno português e europeu, gozou a frescura da primavera florida e o calor ameno do nosso verão, e ficou a saber que os nossos outonos avisam mesmo que o frio está a chegar. E fez amigos.

Um abraço,  meu caro Márcio

Fernando Martins                                                                              

quarta-feira, 15 de março de 2017

Passagem pelo Parque Infante D. Pedro









Hoje fui matar saudades ao Parque Infante D. Pedro, onde não ia há anos. De carro e mesmo a pé passei várias vezes, mas nunca me ocorreu entrar para apreciar a vegetação, o lago, os painéis cerâmicos com motivos aveirenses e a Casa de Chá que já serviu vários fins. Hoje estava com sinais de algum abandono.
Não subi as escadarias para apreciar o jardim superior, porque as pernas não davam mais. E então contornei o lago de águas esverdeadas, dois patitos marrecos ou de raça desconhecida, o arvoredo variegado. Mas nada de cisnes como antigamente. Um pombal no meio do lago servia de hotel aos pombos que decerto se deleitavam com árvores e arbustos para todos os gostos. Pouca gente por ali andava. Alguns estudantes à conversa, um grupo de idosos de chapéu amarelo lanchava sob os cuidados atentos de funcionárias, um ou outro, como eu, fotografava e nada mais.
As passadeiras superiores não estavam a ser muito frequentadas para conduzir as pessoas para o outro lado das rua de trânsito intenso. 
Segundo reza a história, o parque foi construído numa propriedade dos frades franciscanos a partir de 1862, na zona do Convento de Santo António. O coreto de Arte Nova fica no jardim superior onde desta vez não fui. Também pode ser apreciado nesse jardim uma homenagem ao insigne aveirense Jaime de Magalhães Lima.

 Fernando Martins

terça-feira, 14 de março de 2017

Tempos de Pesca em Tempos de Guerra no El Correo Gallego.es

A notícia  chegou-me há momentos. Xosé Cermeño publicou no El Correo Gallego.es uma reportagem sobre o livro "Tempos de Pesca em Tempos de Guerra" de Licínio Amador. O livro do nosso amigo Licínio está a chegar longe. E não ficará apenas pela Galiza. 



Submarino alemán U-94 del tipo VII C. Ofciais observan á tripulación de a bordo da nave

Licínio Ferreira relata como a II Guerra Mundial chegou ata os barcos bacalloeiros cando un submarino alemán afundiu o pesqueiro Maria da Glória.

Posiblemente as persoas poidan dividirse en dúas clases: a xente común e os homes que navegaron nos barcos bacalloeiros polos mares do norte. A pesca do bacallau no século pasado era en si mesma unha tarefa épica, máis propia de deuses mitolóxicos que de xentes normais. O frío, os temporais, a soidade no mar, os meses de reclusión en barcos inhóspitos, o traballo en durísimas condicións, a complicada convivencia en espazos reducidos... marcaron unha actividade de características lendarias.

Ademais, a historia deste traballo fora de calquera medida sumaba de cando en vez algún feito extraordinario con vocación de converterse en mítico. Nos últimos anos, historiadores do mundo da pesca e mariñeiros con boa memoria teñen verquido en libros e reportaxes as súas peripecias case inverosimis. E Portugal, os libros sobre a pesca do bacalhau forman xa un xénero en si mesmo, cultivado por profesores, navegantes, pescadores e científicos. Autores como Alvaro Garrido - desde unha perspectiva académica, Valdemar Aveiro -desde a lembranza persoal- , Manuel Luís Pata -cun enfoque local e etnográfico- e outros moitos, desde un punto de vista xornalístico e literario, ampliaron nos últimos anos o coñecemento e tamén a mitoloxía dos barcos e mariños bacalloeiros.

Ler mais aqui 

Saudades destes ambientes

Praia da Barra com data incerta

Peço desculpa por vir para aqui com as minhas saudades. Não sou muito exigente. Gosto de coisas simples, normalíssimas, muito terra a terra, Gosto sobretudo do sossego, da serenidade envolvida por horizontes largos e arejados. Sou assim.
Tenho andado por aqui com azáfamas que me envolvem o tempo quase todo. De modo que, se precisar de espairecer, não tenho, como nunca tive, dificuldades em me imaginar longe dos bulícios, sem sair de casa. Abro as janelas da imaginação e parto à aventura. Como hoje fiz.

domingo, 12 de março de 2017

Um conselho oportuno de Mandela



“Eu aprendi que a coragem não é a ausência de medo, 
mas o triunfo sobre ele. 
O homem corajoso não é aquele que não sente medo, 
mas aquele que conquista por cima do medo.”

Nelson Mandela

Li aqui 

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue