sábado, 21 de março de 2009

Papa em Angola: D. Januário denuncia "leitura reducionista"

D. Januário Torgal Ferreira diz-se, no entanto, muito chocado "pela leitura reducionista" e com a obsessão da comunicação social por alguns temas. "Expliquem-me, por exemplo, porque é que os senhores jornalistas não deram destaque ao apelo do Papa contra a corrupção, lavagens de dinheiro, guerra e outras poucas-vergonhas em África?", questionou, salientando o destaque que os órgãos de comunicação social deram à proibição do uso do preservativo pelo Papa ao chegar a África, enquanto que os jornais de hoje falam da denúncia que Bento XVI fez acerca da corrupção no continente "apenas em duas ou três linhas". O Bispo considerou que os jornalistas não souberam aproveitar "o poder que o Papa tem para falar de temas como a corrupção, interesses das grandes potências, esclavagismo, guerra e neocapitalismo de chefes de Estado".
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Faz hoje 19 anos que faleceu o Padre Rubens

Faz hoje 19 anos que faleceu o Padre Rubens. Sobre a sua morte, escrevi um texto no Timoneiro de Abril de 1990, que em parte aqui transcrevo.

FIGUEIRA DA FOZ: Homenagem à Primavera

(clicar nas imagens para ampliar)
Hoje, na Figueira da Foz, houve festa em honra da Primavera. Também da Poesia e da Árvore. O dia acordou tristonho, com o Sol sem aparecer, como era sua obrigação. Ameaças de mais inverno, mas depressa houve o desmentido. O rei surgiu em cima de todos, para animar quem participava e quem assistia. Centenas de crianças e jovens competiram, durante uma manhã bem preenchida. O Parque das Abadias, preparado para receber condignamente os que quiseram associar-se, proporcionava uma manhã de luxo. Houve música bem ritmada, provas de atletismo e convívio entre os participantes, vindos de diversas terras do País. Não faltaram os aplausos e os prémios para os vencedores. Mas aqui, como vi, a alegria estendeu-se a todos.

Ares da Primavera

Primeiro alento Renascimento! Imensa cor. Miríades de flores Animam Vivificam Emolduram, Recitam um hino Ao Criador!
M.ª Donzília Almeida 21.03.09

sexta-feira, 20 de março de 2009

Bento XVI em Angola

HÁ TANTOS POBRES QUE RECLAMAM
PELO RESPEITO DOS SEUS DIREITOS
"Bento XVI e José Eduardo dos Santos discursaram em seguida, tendo o papa apelado à pacificação e afirmado que os angolanos "não se devem render à lei dos mais fortes", e à união de esforços da sociedade civil e Governo no combate à pobreza. "Infelizmente, dentro das vossas fronteiras angolanas ainda há tantos pobres que reclamam pelo respeito dos seus direitos. Não se pode esquecer a multidão de angolanos que vive abaixo da linha de pobreza", disse o Papa. Bento XVI, após o discurso de boas vindas do Presidente José Eduardo dos Santos, disse que é preciso a participação de todos no auxílio aos mais desfavorecidos. "É necessário envolver a sociedade civil angolana inteira, mais forte e articulada e em diálogo com o Governo para dar vida a uma sociedade atenta ao bem comum", defendeu. No discurso de boas-vindas, José Eduardo dos Santos agradeceu a intervenção da Igreja na conquista da paz."
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Aveiro de luto

Quem somos nós para condenar quem quer que seja?
A notícia correu célere e muitos opinaram com desnorte. Criança morreu esquecida no carro do pai. Todos ficámos tristes. E mesmo sem conhecermos os pais da criança, cumprimos a nossa obrigação de estar com eles, não fisicamente, mas em espírito solidário. Mas não queremos nem podemos condenar ninguém, muito menos o pai. Quem somos nós para condenar quem quer que seja?
Sabemos que o Ministério Público já tomou conta do caso, na perspectiva de julgar o pai. Não creio que ele venha a ser condenado, pela simples razão de que não é um criminoso. Talvez obcecado pelo trabalho, tão normal nesta sociedade competitiva, pressionado por deveres profissionais, cansado de uma vida desgastante, que exige pressa e mais pressa, e fixado até à exaustão nas obrigações do quotidiano, entre outras razões, decerto determinarão a sua absolvição.
Todos estamos convencidos de que a sua pena está desde esse triste momento a marcar o pai para toda a vida. Não podemos, portanto, ocupar o lugar de carrascos, que mata de olhos vendados. Temos, isso sim, a obrigação de o ajudar a carregar, ao longo do tempo, este pesadelo que ninguém saberá explicar. Daqui, deste meu recanto, associo-me à dor desta família, manifestando a minha mais sincera solidariedade cristã.
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Ares da Primavera

A FONTE
Com voz nascente a fonte nos convida A renascermos incessantemente Na luz do antigo sol nu e recente E no sussurro da noite primitiva.
Sophia de Mello Breyner